Promovendo mudanças profundas na metodologia e na abordagem aos estudantes, a escola municipal Sérgio Alfredo Pessoa, localizada no bairro Presidente Vargas, zona Sul, passou a se destacar pelos índices educacionais alcançados. A unidade é uma das 13 geridas pela Prefeitura de Manaus que adotaram o conceito da educação integral.
“É uma nova maneira de educar, mais participativa e democrática, onde os alunos ganham voz e são os autores das principais transformações em sua vida. A Semed, sob a coordenação da professora Kátia Helena, tem investido em novas metodologias, envolvendo alunos, pais e educadores, que se somam à mudança significativa que iremos promover na infraestrutura da educação básica, a partir da entrega dos novos Centros Integrados Municipais de Educação”, destacou o prefeito Arthur Virgílio Neto.
Desde que iniciou esse processo, a escola começou a avançar em diversos âmbitos, sobretudo no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – que subiu de 4,6, em 2015, para 7,1, em 2017, e superou a meta estipulada, que era de 5,8. Além disso, na mesma medição, a escola apresentou taxa de 100% de aprovação.
Para a secretária municipal de educação, Kátia Schweickardt, as escolas de educação integral de Manaus são destaques nacional. “Sergio Pessoa, Waldir Garcia, Hermann Gmeiner são referências no município, nacional e até internacionalmente, porque foram escolas que adotaram a educação integral como conceito, mudaram práticas, metodologias, e estão conseguindo um desempenho melhor de seus alunos. Vale destacar que os professores também se reinventaram e se veem como protagonistas desse processo. É uma nova perspectiva de fazer educação, sobretudo em situações de alta vulnerabilidade”, afirmou.
E esse comprometimento dos educadores trouxe diversos resultados positivos para a unidade de ensino que, além da melhora no Ideb, teve a indicação da gestora da escola, Regeane Benevides, para o prêmio “Educador Nota 10”, ficando entre as semifinalistas. Mais recentemente, a escola concorreu ao prêmio “Crianças Mais Saudáveis”, promovido pela Fundação Nestlé Brasil, recebendo capacitação e R$ 35 mil para investir em benfeitorias relacionadas à saúde das crianças.
De acordo com Regeane, trabalhar a educação integral gerou encantamento entre gestores e professores. “Uma educação diferente, onde nós estamos preocupados com as crianças como um todo, tanto na parte emocional como na intelectual. Os alunos passam o dia na escola e isso é muito bom, porque nós podemos tratar a escola como uma segunda casa. Sempre digo que a escola tem que abraçar o aluno mesmo”, comentou.
Da escola para a vida
A realização de projetos, como o premiado pela Fundação Nestlé, auxilia o desempenho dos estudantes. “Isso fortaleceu nosso trabalho pedagógico na escola, porque sabemos que uma criança bem alimentada e que pratica esportes aprende muito mais”, defendeu a gestora da escola municipal Sérgio Alfredo Pessoa, Regeane Benevides.
Outro projeto premiado é o “Resgatando brincadeiras antigas: menos tecnologia, mais diversão”, do professor de educação física Manuel Galvão. O projeto foi selecionado para participar do Programa Ciência na Escola (PCE), desenvolvido na Semed em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
“Fiz um projeto de resgate de brincadeiras antigas que começou em julho e termina em dezembro, com a produção de um livreto contendo 30 brincadeiras para distribuir para as crianças da escola. A gente integrou esse trabalho com as aulas de educação física. Os alunos relatam que as brincadeiras extrapolaram o muro da escola e foram parar nas casas deles”, comentou Galvão.
Além dos projetos, na Sérgio Pessoa acontecem assembleias onde as crianças atuam diretamente com opiniões, sugestões e soluções para as situações que ocorrem na escola. Além disso, os alunos participam de clubinhos, como o de jardinagem. Para a aluna Mylove Dine Jousainvil, 8, que é do Haiti e está na unidade de ensino há quaro anos, esta é a atividade favorita.
“O que eu mais gosto de fazer na escola é a jardinagem, eu já aprendi a plantar a semente. A gente rega e de pouquinho em pouquinho ela (semente) cresce e vira árvore. Gosto muito de cada sexta-feira que tem o clubinho da jardinagem. Eu já ensinei e fiz em casa, eu tenho pé de cana, feijão, banana, laranja e também de limão”, contou a aluna.
Texto – Alexandre Abreu / Semed
Fotos – Eliton Santos / Semed
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