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Por Sebastião de OliveiraEquipe Ascom Ufam
A professora Ila Maria de Aguiar Oliveira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Amazonas (FCF/Ufam), defendeu, na última quinta-feira, 28, seu memorial acadêmico, que é requisito para a promoção funcional para o nível de professora titular.
A comissão avaliadora estava composta pela professora da Ufam, professora Maria Francisca Simas Teixeira (presidente) e formada pelos membros, os professores do Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia (Inpa), Elídia Albuquerque Marinho, Jerusa de Souza Andrade e Gerison de Jesus.
A docente Ila Maria Oliveira possui doutorado em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (1997), tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em Enzimologia, e atua principalmente nos seguintes temas: Biotecnologia, Enzimologia, Ciência de Alimentos, Tecnologia das Fermentações.
Processo de aprendizado
Manauara de nascimento, filha de pais advogados, ela disse que, desde o jardim de infância, estudou no Centro Educacional Christus do Amazonas, permanecendo lá até o terceiro ano colegial. Após a finalização do ensino médio, não tinha ideia qual a profissão escolher, mas tendo a obrigatoriedade de escolha por um curso profissionalizante, a docente decidiu realizar a formação na área de Patologia Clínica. Ela disse que, anteriormente, havia escolhido o curso de Administração de Empresas, mas que não havia se adaptado.
Depois de ter assistido a uma palestra no curso profissionalizante, proferida pelo então diretor da FCF, professor Manoel Oliveira, ela decidiu fazer cursar Farmácia. Ela ficou encantada ao ver a possibilidade de frequentar as três habilitações do curso: Análises Clínicas e Toxicológicas, Alimentos e Medicamentos. Segundo a professora, nunca havia imaginado seguir a carreira de docência na Universidade. “Assim que eu me graduei, foi convidada para substituir uma professora responsável técnica de Laboratório de Análises Clínicas. Eu sempre gostei de laboratório, de bioquímica, de modo que aceitei o convite”, disse a professora.
Com a criação da habilitação em ‘Bioquímica de Alimentos’, foi realizado concurso para contratação de novos professores para essa área, quando se submeteu aos exames. E, tendo o Curso de Especialização em Enzimas de Alimentos, foi aprovada e iniciou a carreira docente aos 23 anos, na disciplina Enzimologia e Técnicas de Fermentação. “A maioria dos farmacêuticos viu a perspectiva de um novo mercado, voltando à Universidade como alunos especiais nessa habilitação”, relembrou a professora Ila. “Era algo muito inovador”, comentou ela.
Trajetória acadêmica
A professora acredita que se identificou com a docência e, após anos, ela disse que outro momento importante de sua vida administrativa foi a coordenação, durante nove anos, do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Alimento (PPGCA). “Foi uma atividade administrativa muito desafiadora que passou bastante experiência no primeiro programa de pós-graduação da Universidade”, relatou a professora, ao relembrar que PPG já formou mais de 200 mestrandos em nível nacional, pois abriga alunos de todo o Brasil.
Desde 2015, a professora Ila Maria Oliveira faz parte do Comitê de Extensão da FCF, o qual, dentre suas atividades, promove palestras junto a alunos do Ensino Médio, além da realização de outras atividade que tinha a preocupação com a prestação de serviços e análise de material junto a empresas de Manaus. Segundo ela, isso ajudou a fazer a manutenção dos laboratórios.
Finalmente, na pesquisa, a professora destaca duas patentes que estão registradas junto a Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica (Protec): “Composição para remoção de cáries, processo de preparo da composição e processo de remoção de cáries” e “Processo de produção de bebida alcoólica de cupuaçu”.