Últimas notíciasPara comemorar os cinco anos do Laboratório de Estudos em Comportamento Motor Humano (Lecomh), a Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas (Feff/Ufam) realiza, até esta sexta, 29, o Seminário Amazônico de Inclusão, Educação e Saúde e o Encontro Amazonense de Comportamento Motor. Com cerca de 160 participantes, entre profissionais, estudantes e pesquisadores do Brasil e do exterior, os eventos foram abertos na manhã de hoje, 27. As atividades incluem comunicações orais, exposição de banners, palestras, mesas-redondas e atrações culturais. Confira a página dos eventos.
Compondo a equipe organizadora, a doutoranda Francianne Farias acompanhou cada etapa que culminou na programação destes três dias. “Estamos recebendo participantes das cidades amazonenses de Parintins e Manacapuru, dos estados de Rondônia, Roraima, Pernambuco e São Paulo, mas também da Venezuela”, enumerou a integrante do grupo de cerca 25 pessoas que compõem o Lecomh. A jovem pesquisadora também destacou a presença da professora Maria Tereza Egler Mantoan, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que proferiu a palestra magna “Os sentidos da diferença na escola”.
Seminário & Encontro
O Seminário Amazônico, que aborda inclusão, educação e saúde. Segundo o idealizador e líder do Lecomh, professor Lúcio Fernandes, foi pensado mais sob a perspectiva da educação inclusiva. “É um evento que tem por base dar vez e voz àqueles que querem discutir a educação inclusiva, e isso vai além do público da educação especial. O que nós pretendemos é conversar sobre as populações que têm as suas necessidades educacionais, mas não são percebidas”, afirmou o professor Fernandes.
Nesse público, estão contempladas, por exemplo, as pessoas com Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TCD), a Pedagogia Hospitalar – e a forma como ela chega aos indivíduos que se encontram no hospital e impedidos de frequentar a escola, a Educação Prisional. “Nós não conseguimos abranger aqui no nosso evento, todos os temas, mas a nossa intenção é nesse sentido”, delimitou o organizador do Seminário.
Já em relação ao Encontro Amazonense de Comportamento Motor (Enacom), o professor esclareceu que este segundo evento está formatado para ter uma abordagem mais específica. “O Comportamento Motor não é uma área restrita, mas perpassa por todas as áreas que lidam com o movimento, tanto é que, nas graduações, é uma disciplina básica”, enfatizou o docente, ao dar exemplos de áreas de formação para as quais é essencial esse estudo: Psicologia, Pedagogia, Fisioterapia e Fonoaudiologia, além da Educação Física. “É um conhecimento de base”, frisou.
De outro ponto de vista, a organização deste que é o primeiro Encontro sobre Comportamento Humano em toda a região Norte, o idealizador enfatiza a pretensão do grupo de, em médio ou longo prazo, poder trazer para o Amazonas o Congresso Brasileiro de Comportamento Motor. O evento nacional é realizado a cada dois anos pela Sociedade Brasileira de Comportamento Motor (Socibracom). O organizador do Encontro acredita que esta é a primeira iniciativa capaz de integrar o Amazonas e a região Norte na agenda de eventos menores e paralelos ao Congresso, como os que já ocorrem na em outros estados brasileiros no eixo Sul-Sudeste.
A mesa de abertura teve a presença do diretor da Unidade Acadêmica, professor João Otacílio Libardoni, além de convidados do Programa de Pós-Graduação em Educação da Ufam (PPGE) e representantes das Secretarias Municipal e Estadual de Educação (Semed e Seduc).
Sobre o Lecomh
Criado em outubro de 2014, sob a coordenação do professor Lúcio Fernandes, o Laboratório também é liderado pelo professor Cleverton Farias de Souza. “O Comportamento Motor é uma área de estudos, dividida em três subáreas, que são Controle Motor, Aprendizagem Motora e Desenvolvimento Motor. Nós não abordamos o comportamento motor per se, mas caminhamos para fazer que ele interaja com outras áreas”, disse o professor Lúcio Fernandes, sobre os estudos no âmbito do Laboratório.
O grupo é formado por graduandos, mestrandos e doutorandos que estudam temas de interesse do comportamento humano. Há uma forte aproximação com o PPGE/Ufam, em particular na Linha 4 – Educação Especial e Inclusão no Contexto Amazônico. Sobre a importância da área, o professor Lúcio Fernandes compartilha uma máxima do grupo: “Nós sempre dizemos aqui – Vida é movimento; onde existe vida, existe movimento”.