Um projeto em teste pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) está monitorando motoristas de transporte por aplicativo para prevenir ocorrências e dar maior rapidez no atendimento em situações de emergência. A iniciativa utiliza aplicativos gratuitos, usados pelos próprios motoristas, para estabelecer um canal direto de comunicação com despachantes de ocorrência no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).
A iniciativa funciona de forma simples. Os motoristas de transporte por aplicativo se reúnem em grupos privados no aplicativo de segurança Drive Social, e adicionam o Ciops, a partir de uma solicitação formal. Nesses grupos, os motoristas estabelecem uma rede de proteção e acompanham os passos do colega. Em qualquer situação suspeita, a polícia é informada e passa a monitorar a situação. Em alguns casos, é feita a abordagem ao veículo.
“O próprio aplicativo que os motoristas utilizam tem um botão do pânico. Então em caso de problemas, atitude suspeita do passageiro, eles acionam e, rapidamente, a polícia verifica a situação e envia uma viatura para averiguar a ocorrência”, ressaltou o major Alexandre Matos, coordenador do Ciops.
Para passar a ter esse canal direto com a polícia, o motorista deve fazer parte de um grupo no aplicativo e formalizar um requerimento no Ciops. É necessário apresentar documentos originais e cópias do RG e CPF, além da CNH com a habilitação específica para a atividade profissional.
O Ciops fica no mesmo prédio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado na avenida André Araújo, Petrópolis, ao lado do Tribunal de Justiça.
Dicas de segurança da Polícia Militar para motoristas do transporte por aplicativo
• Uma regra básica é nunca reagir. Muitos criminosos estão sob o efeito de drogas e qualquer reação eleva o risco para a vítima
• Motoristas vítimas de roubo ou furto devem registrar o boletim de ocorrência no DIP da zona onde ocorreu o crime. Isso ajuda a polícia a identificar se há uma quadrilha especializada naquele crime atuando na área, além de mapear as regiões de alta incidência para definir estratégias de resposta
• O motorista deve levar imagens do veículo e procurar a delegacia da zona em que foi assaltado
• Evitar o uso da película muito escura, pois atrapalha o trabalho da polícia, principalmente no para-brisa
• Ao passar em uma blitz, se o motorista estiver desconfiando de seu passageiro, a orientação é parar mesmo sem a ordem policial
• É importante ter adesivos de identificação nos veículos para facilitar o trabalho policial em casos de emergência
• Evitar corridas em que o passageiro não é o cliente que solicitou o serviço
• É recomendável acionar a localização em tempo real e compartilhar em grupos com outros motoristas ou com familiares a cada novo cliente
• Se possível, portar dois aparelhos telefônicos, mantendo um em sigilo para acionamento emergencial
• Não é recomendável aceitar corridas em regiões que não estão na base cartográfica do Google Maps, como invasões, zona rurais e áreas sem sinal telefônico