Últimas notíciasO Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial (NEPPD), ligado à Faculdade de Educação (Faced), realizou, entre os dias 29 e 31 de outubro, a sexta edição do Simpósio Amazônico do Autismo no Contexto de Inclusão. O evento recebeu palestras nacionais, mesas-redondas e apresentação de trabalhos sobre a temática.
Uns dos destaques da programação foram as palestras ‘Pesquisa Colaborativa em Educação’ e ‘Transtorno do Espectro Autista: perspectiva atuais e desafios futuros’, ministradas pelo professor Carlos Schimidt da Universidade Federal Santa Maria (Ufsm). O palestrante apontou como desafio da área a formação de professores. “Os professores conhecem pouco as crianças com autismo e isso dificulta a implementação de práticas pedagógicas que ajudam a escolarização deste sujeito. As palestras visam problematizar e diminuir estas barreiras”, enfatizou.
Para a coordenadora do Neppd, professora Maria Almerinda de Souza Matos, o VI Simpósio Amazônico do Autismo no Contexto de Inclusão traz credibilidade na região. “Temos participantes de diferentes áreas da região Norte. Esta é a sexta edição do evento e focamos, especificamente, na educação. Trabalhamos com a perspectiva de não haver uma orientação formal do Ministério da Educação para tratar pedagogicamente do autismo. O Simpósio surge como um espaço de socialização, registro, relatos de experiências para os pesquisadores, professores e profissionais que se interessam pela educação inclusiva”, explicou.
Educação Inclusiva no contexto amazônico
O professor da Universidade Estadual do Amazonas em Parintins, Maildison Fonseca, apresentou trabalho e apontou a relevância de abordar o tema em eventos científicos. “A educação inclusiva enfrenta dificuldades para ser colocada em prática e ter um espaço para discutir, apresentar propostas, ter acesso a pesquisas inovadoras da área, trocar experiências é fundamental para desenvolvermos a região, sobretudo, o interior do Estado”, assinalou.
Segundo a vice coordenadora do Neppd, docente Wania Ribeiro Fernandes, é preciso pensar a inclusão de forma ampla. “O entendimento que a maioria tem é que matricular o aluno na escola regular é inclusão. Entretanto, inclusão não significa matrícula. Incluir significa oferecer a criança, no espaço do ensino regular, as oportunidades de desenvolvimento e aprendizado. Isso envolve estrutura, material pedagógico adequado, formação dos professores e o foco no que a criança pode realizar e não nas limitações”, finalizou.
NEPPD
O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial foi fundado em 2001 e envolve professores, acadêmicos de graduação e pós-graduação através de um trabalho multidisciplinar e interdepartamental. As linhas de pesquisa integram as seguintes áreas: Acessibilidade, Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa; Desenvolvimento e Aprendizagem; Educação Especial no Contexto da Educação Inclusiva; Psicomotricidade; Psicopedagogia. O Núcleo foca o ser humano no seu aspecto global, relacionando-o diretamente ao processo de aprendizagem visando: identificar, acompanhar e orientar pais, professores e estudantes.