Últimas notíciasPor Cristiane Souza
Equipe Ascom Ufam
Com a retomada da Feira de Exposição Agropecuária (Expoagro), realizada pela Secretaria de Estado da Produção Rural do Estado do Amazonas (Sepror), a Universidade Federal do Amazonas ganhou mais uma oportunidade de tornar público o seu vasto catálogo de ações de ensino, pesquisa e extensão com vistas ao desenvolvimento do setor primário no estado na região amazônica. No estande da Instituição, entre os dias 3 e 6 de outubro na Feira, foi possível ver de maquetes e esqueletos de várias espécies a resultados de estudos produzidos em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A Universidade formou uma Comissão formada por três professoras da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), dos cursos de Engenharia de Pesca, Zootecnia e Agronomia. A equipe, formada pelas professoras Sanny Porto, Roseane Oliveira e Eyde Bonatto e pelo técnico Augusto Vasconcelos, ficou responsável por se revezar nos quatro dias de evento, sempre contando com a colaboração de discentes daquela Unidade Acadêmica. O resultado, como era esperado, foi a forte interação com o público visitante e a troca de conhecimento.
Acadêmica de Zootecnia, Alice Parente, 28, foi uma das voluntárias no terceiro dia da exposição. “Eu vim ajudar a apresentar os trabalhos que nós desenvolvemos nos cursos de Agronomia e de Zootecnia, inclusive nos cursos ministrados no interior. A experiência está sendo muito boa, porque a gente consegue mostrar pelo menos um pouco de tudo o que é realizado dentro da Universidade. Essa visibilidade é muito importante”, destacou a jovem.
Nessa linha também é a avaliação do reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, que foi prestigiar a equipe no sábado, 4, quando também recebeu o titular da Sepror e egresso da Federal no estande da Ufam. “A FCA é pioneira, no estado do Amazonas, na formação desses profissionais, e a Expoagro é uma oportunidade ímpar onde a Universidade mostra para a sociedade as suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, de modo a demonstrar o compromisso dessa importante Unidade na Instituição, que é ligada fundamentalmente ao setor primário, no desenvolvimento na formulação de políticas públicas e, sobretudo, na formação dos profissionais mais qualificados para o setor”, ressaltou o professor Puga.
“Entendemos que a Expoagro é um momento único para se demonstrar as potencialidades do segmento para a sociedade. A Ufam, como parte integrante desse processo, está expondo, no estande, uma parte de sua vasta produção científica”, arrematou ele.
Visibilidade do segmento
Nas palavras do diretor da FCA, professor Marco Antônio Mendonça, “já é de algum tempo, nós temos estabelecido uma parceria profícua com a Secretaria de Produção Rural. Segundo informou o professor, o atual titular da pasta foi seu colega de turma na graduação, além de também ser egresso do mestrado naquela Unidade.
“O secretário Petrúcio Magalhães Júnior nos fez o convite, e nós ficamos muito felizes de ter mais esta oportunidade de prestar contas à sociedade amazonense sobre os nossos trabalhos, ainda que seja em uma pequena escala. A proposta é esta: uma vez reativada a Expoagro, a Ufam marca o seu espaço a fim de publicizar um pouco do nosso trabalho nesse setor, até para fomentar o interesse em futuras parcerias”, analisou o professor Marco Antônio.
A professora Sanny Porto, da Engenharia de Pesca, compartilha da mesma ideia de que o espaço representa uma oportunidade de compartilhar saberes. “Na Ufam, nós temos muitos cursos que são ligados a essa parte de Ciências Agrárias. Então, aqui na Feira, nós temos a participação do curso de Engenharia de Pesca, que é importante para o desenvolvimento do agronegócio da região, porque nós sabemos que a piscicultura é uma das atividades mais bem desenvolvidas no nosso Estado. Contamos também com a participação dos cursos de Zootecnia, Engenharia Florestal e Agronomia”, ressaltou ela.
Ainda para a professora Sanny Porto, os discentes tiveram o papel de divulgar o trabalho que a a Unidade vem desempenhando no setor Agropecuário. “Por exemplo, nós trouxemos amostras de peixes da nossa região, as espécies endêmicas. Temos também uma amostra de esqueletos de animais, como gado, golfinhos. É ainda uma forma de os alunos divulgarem os trabalhos feitos pelo PET [Programa de Educação Tutorial] de Pesca, de Agronomia e de Florestal, com a exposição de banners com algumas das pesquisas. Além disso, trouxemos a parte de maquetes, mostrando como a atividade de piscicultura é desenvolvida nesta região, aproveitando aquele caráter da pesca familiar praticada pelos ribeirinhos”, elencou a docente.
Mais precisamente a respeito de sua área de atuação, a professora destacou a exposição sobre “peixes de importância comercial, alimentar ou ornamentais”. “Nós somos um berçário dessas espécies [ornamentais] e exportamos para todo o mundo. As doenças desses animais também são apresentadas, principalmente as deformidades do esqueleto, com a ocorrência de lordose ou escoliose, desvios na curvatura da coluna dos peixes que pode decorrer de infecção parasitária ou mesmo da poluição dos nossos rios”, disse a docente.