Últimas notíciasA Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas (Faced/Ufam) promoveu na segunda-feira, 7, no auditório Rio Alalaú, setor Norte, o Simpósio Programas de Privação e Restrição de Liberdade de Adolescentes no Amazonas. O evento contou com a presença do juiz titular da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas do Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam), Luís Cláudio Cabral Chaves.
Organizado pela professora e Coordenadora do Pace, Maria Nilvane Fernandes, o simpósio teve a participação dos alunos do curso de Pedagogia que objetivou promover a aproximação entre os acadêmicos e as instituições que executam medidas socioeducativas. Estiveram presentes no evento os diretores dos cinco centros socioeducativos do Estado, dentre eles, destacam-se: Ricardo Péres, coordenador estadual do Programa Justiça Presente, do Conselho Nacional de Justiça (PJP/CNJ) e Adriana Maria Pena, gerente do Departamento de Atendimento Socioeducativo da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (DAS/Sejusc).
A palestra intitulada “Trajetória jurídica e processual do adolescente em conflito com a lei”, proferida pelo juiz Luís Cláudio Chaves, na qual o juiz destacou a importância do debate sobre a temática. “O mais importante desse evento é o que ele sinaliza: que a socioeducação está saindo do gueto; está saindo da indigência, porque antes a socioeducação somente era matéria de visualização por parte da imprensa e da sociedade quando havia uma rebelião no centro socioeducativo. Hoje, discutimos previamente meios e maneiras mais eficazes para melhorar o atendimento socioeducativo no Estado e, com isso, redirecionar os adolescentes socioeducandos, buscando evitar que voltem a praticar atos infracionais no futuro ou de cometerem crimes na vida adulta. Acredito que o sistema socioeducativo vive um novo momento no Amazonas e acho importante elogiar o trabalho que está sendo feito nos centros socioeducativos, assim como no sistema de justiça, pois é um trabalho que se realiza em rede”, afirmou o magistrado.
O coordenador estadual do PJP/CNJ, Ricardo Péres, prestigiou a iniciativa do Simpósio de Socioeducação. “A possibilidade dos alunos extensionistas da Faced/Ufam debaterem a temática do adolescente em conflito com a lei antes de irem a campo de intervenção, ou seja, às unidades socioeducativas, é uma oportunidade riquíssima. Essa integração entre alunos, professora coordenadora e diretores dos centros socioeducativos garante um processo de mútuo aprendizado”, disse Péres.
A organizadora do evento e coordenadora do Programa Atividade Curricular de Extensão (Pace), Maria Fernandes entende que “o evento atingiu os objetivos almejados de realizar uma primeira aproximação entre acadêmicos da Ufam e das instituições de atendimento socioeducativo. Durante o simpósio diversos alunos foram falar com diretores e com a professora coordenadora, interessados em realizar estágios e atividades de extensão nas unidades, bem como possibilitou a eles compreender o papel do juiz na execução das medidas e reconhecer as boas práticas realizadas na Vara de Execução de Medidas Socioeducativas”.
Assinatura
Durante o evento, foi assinado termo junto ao (Pace) da Ufam para que os alunos possam estagiar nas unidades. “Nesse primeiro momento, vamos conversar com os diretores (dos centros) e entender quais são as demandas, para que, então os alunos possam elaborar atividades a serem desenvolvidas com os internos”, explicou Maria Fernandes.
Os estagiários serão oriundos de diversos cursos, como Direito, Letras, Filosofia, Pedagogia e Serviço Social. Essa é a primeira vez que os centro socioeducativos firmam parceria com o Pace.“Nosso papel hoje é informar como essas unidades funcionam e, sobretudo, falar de uma agenda positiva que temos. Ressaltamos a importância que todos esses cursos têm no sistema e como cada um deles pode contribuir no desenvolvimento do interno”, finalizou a gerente DAS/Sejusc, Adriana Pena.