Empresa foi multada em R$ 1 milhão pelo ilícito ambiental
A equipe da Gerência de Fiscalização do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) identificou, na manhã desta quinta-feira (03/10), um aterro irregular na sede da empresa Sharp do Brasil, avenida Buriti, no Distrito Industrial, zona sul de Manaus. Pelo menos 700 toneladas de resíduos aterraram uma piscina de grande porte no local.
Os responsáveis pelo local já foram identificados e serão autuados por lançar resíduos sólidos em desacordo com as exigências estabelecidas em atos normativos do Estado. Além disso, eles foram multados. O valor pode chegar a R$ 1 milhão e a empresa terá que remover e dar destino adequado aos resíduos descartados irregularmente.
“Foi solicitado para o responsável pelo terreno que utilizasse máquina escavadeira para abrir valas no aterro da piscina para fins de certificar e identificar tal fato. Foi constatado que havia uma camada de aproximadamente meio metro de material de aterro, possivelmente com intuito de dificultar a identificação do material descartado”, informou o gerente de fiscalização do Ipaam, Hermógenes Rabelo.
Imagens – A equipe do Ipaam chegou ao local devido às análises feitas por satélites, a mesma ferramenta que o Instituto vem usando para identificar os focos de queimadas e desmatamento no Estado. “Os nossos fiscais, analisando as imagens, identificaram essa piscina no início da semana e hoje fomos constatar in loco esse ilícito ambiental”, disse o gerente de fiscalização.
Material – Grande parte do material encontrado no local é composto por produtos plásticos, aparas de componentes eletroeletrônicos e mecânicos, além de diversos materiais descartáveis. “Após conversa com o representante da empresa, foi possível atribuir essa degradação ambiental que foi causada por uma empresa de tratamento e processamento de resíduos industriais que alocava a área para execução de suas atividades. A piscina tem uma área de 500 metros quadrados e a quantidade de material descartado irregularmente está estimado em 700 toneladas”, informou Rabelo.
Esses resíduos, descartados de forma irregular, causam contaminação do solo e do lençol freático, a partir da decomposição de seus constituintes, pois liberam compostos tóxicos e que podem atingir corpos d´água adjacentes, causando assim danos irreversíveis ao meio ambiente.