A rede estadual de São Paulo atende 4.162 alunos que possuem algum tipo de surdez, desde leve até a mais severa e concomitante à cegueira. Em 2011, o número de estudantes com esse tipo de deficiência era 3.857. É um número importante, que reforça o compromisso de São Paulo com uma educação plural e de qualidade para todos.
Os estudantes que necessitam de linguagem especial são acompanhados por professores interlocutores, que transformam os conteúdos das aulas em Libras, a língua brasileira dos sinais. Eles também têm à disposição as salas de recursos que oferecem material pedagógico para que possam se desenvolver.
A Escola Estadual Senador Adolfo Gordo, localizada no Morumbi, é uma das referências no ensino de alunos surdos. Atualmente ela atende 14 estudantes do ensino fundamental ao médio com esse tipo de deficiência, além de ter vários professores interlocutores à disposição.
Uma dessas professoras é Gleicy, que é especializada na linguagem. “Após o processo de atribuição de classes e início do ano letivo, entro em contato com as famílias dos alunos surdos agendando reunião para preenchermos documentos. Depois faço uma avaliação com o aluno, percebendo se domina o português, e, acima de tudo Libras. Essa avaliação me orienta a elaborar o plano de atendimento individual”, relata a professora, explicando sua rotina de trabalho.
Assim como outros professores, ela também se dedica à escola no contraturno, muitas vezes acompanhando a rotina do jovem. Para a coordenadora da unidade, essa dedicação é fundamental e se extende aos pais. “Muitos alunos veem na sala de recursos uma sala realmente de apoio, de auxílio, sendo o espaço para tirar dúvidas, realizar pesquisas….a sala de recursos é de todos, dos pais e dos jovens. Aprendemos com os alunos e eles aprendem com a gente”, relata.
Hoje a rede estadual possui 1.380 docentes específicos para esta função. Em 2011, eram somente 33. São 4.902 salas de recursos em todo o estado, número que mais do que triplicou em oito anos – em 2011, eram 3.857 salas.