Treinados para agir com controle e técnica em situações de crise onde a vida de dezenas de pessoas está em perigo, os atiradores de precisão ou snipers da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) são preparados para salvar vidas inocentes. Atualmente, três policiais atuam como atirador de elite.
Para exercer a função, os policiais militares passam por um curso que tem duração de 40 dias. Lá, eles são submetidos a aulas teóricas e práticas, com treinos em operações diurnas, seja em área urbana, rural ou de mata. Os snipers são treinados para efetuar tiros de até um quilometro de distância e possuem um perfil psicológico diferenciado, pois precisam aprender a controlar a respiração e a emoção durante a missão policial.
Para efetuar o disparo, leva-se em conta o armamento, a munição, o clima, entre outros fatores, que são calculados para o êxito. Para ser um atirador de precisão, o policial precisa passar pelo Curso de Operações Especiais (Coesp) e se especializar no curso de atirador policial.
De acordo com o comandante da Companhia de Operações Especiais (COE), major Heber Ribeiro, na doutrina de gerenciamento de crise, existem quatro alternativas táticas e uma delas é o atirador de precisão. Ele atua apenas em último caso, quando, durante as negociações, o gerente de crise esgota toda a verbalização.
“Após receber a luz verde do gerente de crise, o atirador de precisão vai efetuar o disparo já alinhado automaticamente à equipe tática, responsável por adentrar no local onde estão feitos reféns. O perfil do atirador é totalmente distinto de outra atividade. Inclusive, ele tem que ser um operador especial, o treinamento dele é diferenciado, porque se ele tiver que efetuar o disparo e neutralizar, assim será, porque não é uma questão pessoal é uma questão institucional”, garantiu o comandante.