O Rio de Janeiro é uma das cidades que participam hoje (21) do Dia Mundial da Limpeza, iniciativa global, que envolve 158 países e mais de 17 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo. No Brasil, mais de 300 municípios participam da ação.
No Rio, a ação se desenvolve ao longo das praias da zona sul, Lagoa Rodrigo de Freitas, e praias de Icaraí e Itaipu, na região metropolitana do Rio, além de outros pontos, como parques e lagoas. A iniciativa conta com a participação de empresas e da Petrobras, que tem ações de responsabilidade social, espalhadas em 15 estados do país.
A ação de limpeza se concentrou no Posto 6, na praia de Copacabana, junto à Colônia de Pescadores. A gerente de Comunicação do Projeto Ilhas do Rio, desenvolvido pela Petrobras, Bruna Duarte, reforçou a importância da limpeza da praia e da conscientização que a população deve ter para evitar jogar lixo no mar. Segundo ela, esse projeto se desenvolve três vezes por ano. Uma na Lagoa Rodrigo de Freitas, outra nas Ilhas Cagarras e também na praia de Copacabana. O projeto realiza pesquisa científica e monitoramento da biodiversidade marinha e terrestre das Ilhas Cagarras, frequentada por pescadores nos finais de semana e que acabam deixando lixo na ilha, sem qualquer preocupação com o meio ambiente.
“Todo esse conhecimento é levado para a sociedade através de ações de desenvolvimento ambiental, com foco principalmente nas crianças e nos jovens”, explicou Bruna.
Os voluntários que participaram da ação recolheram muito plástico, guimbas de cigarro, garrafas pet, restos de redes de pesca no fundo do mar, além de muitas tampinhas de garrafas. O que mais chama a atenção é a quantidade de restos de cigarro deixados pelos fumantes na areia da praia.
A gerente de Práticas de Ações de Responsabilidade Social da Petrobras, Simone Porto, destaca uma visão mais ampla do projeto da companhia que é realizada hoje em mais de 60 praias, em uma extensão de 140 quilômetros (Km) nos projetos espalhados por 15 estados brasileiros.
“A nossa intenção é fazer o recolhimento desses dejetos que são descartados de forma inadequada em 64 praias, incluindo duas praias pluviais, no Pará e no Mato Grosso. A nossa expectativa é recolhermos hoje 12 toneladas de lixo. Isso representa uma integração com os projetos e em rede e com os nossos empregados que estão trabalhando como voluntários nesse projeto”, destacou.
A advogada Maria Cristina Young, moradora do bairro, participou pela primeira vez do projeto e ficou abismada com a quantidade de lixo deixada pelos frequentadores na areia da praia de Copacabana.
“Num trecho pequeno da praia, junto as pedras, nós recolhemos 8 quilos (kg) de lixo. Entre outras coisas, nós recolhemos ferro, pegamos potes de plástico, potes de louça, muita guimba de cigarro e muito plástico, microplásticos, plásticos médios, pedaços de isopor, papel. Mas a maior parte [recolhida era de] guimbas de cigarro, tampinhas e lixo de um modo geral”.
Maria Cristina é frequentadora da praia de Copacabana diariamente e diz que não se deu conta da quantidade de lixo que fica depositada na areia. “Por incrível que pareça no dia a dia esse lixo se torna invisível. Como nós não vemos. A gente frequenta a praia todo dia e não vê isso. A gente coloca a canga na areia e não sabe onde a gente está sentando. Se a gente soubesse eu acho que a gente não sentava”, avaliou.
Somente entre os postos 5 e 6 na praia de Copacabana, os voluntários que participaram do mutirão de limpeza recolheram mais de 460 Kg de detritos da areia e do fundo do mar. Da ação, participaram 97 voluntários que recolheram, entre outros, tênis, travesseiros, fitas cassete e muitas hastes de cotonetes. Só as guimbas de cigarro encheram três garrafas pet de 2 litros.
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Edição: Liliane Farias