Pesquisa da Artesp aponta aumento da adesão após ações de conscientização desenvolvidas pela agência e concessionárias
O índice de uso do cinto de segurança entre motoristas e passageiros aumentou na malha rodoviária paulista sob concessão após cinco anos de intensas campanhas e ações educativas da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e das 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias. No final de 2014, levantamento da Agência apurou que mais da metade dos ocupantes do banco traseiro não utilizava cinto de segurança.
Na época, a adesão era de apenas 46% das pessoas. Já em relação ao uso do equipamento entre motoristas e passageiros do banco dianteiro era de 89% e 84%, respectivamente. Em agosto de 2019, a pesquisa foi refeita e a atualização dos dados apurou que houve significativo aumento do uso do equipamento: 94% dos motoristas, 91% dos passageiros do banco dianteiro e 73% dos ocupantes do banco traseiro estavam usando corretamente o cinto no momento da abordagem dos pesquisadores.
A Pesquisa abrange veículos de passeio e caminhões. Esse novo levantamento integra as mais de mil ações promovidas ou apoiadas pelo Governo do Estado na Semana Nacional do Trânsito. Veja abaixo, a evolução dos índices de motoristas e passageiros com cinto de segurança nas oito pesquisas já realizadas pela Artesp:
“Avaliamos os resultados da primeira pesquisa e vimos a necessidade de intensificar as campanhas educativas, principalmente em relação ao cinto de segurança no banco de trás onde poucas pessoas viajavam com o equipamento”, diz a Coordenadora de Segurança Viária da Artesp, Viviane Riveli.
Resultados
Desde a primeira pesquisa, a Artesp vem trabalhando permanentemente o tema do cinto de segurança em suas campanhas e em materiais educativos que são distribuídos nas rodovias paulistas, em escolas, universidades e em municípios parceiros.
Como principal ação de conscientização, a Artesp desenvolveu, em 2015, um “simulador de impacto”, equipamento interativo que reproduz o efeito de uma batida de carro e reforça a percepção sobre a importância da utilização do cinto. O Simulador de Impacto da Artesp já percorreu 109 municípios paulistas e foi testado por 45 mil pessoas, que passaram pela experiência e receberam informações sobre os riscos de trafegar sem o cinto de segurança.
Além disso, a Artesp realizou uma campanha publicitária pautada pelas desculpas dadas pelas pessoas para não utilizar o cinto como “a gente vai só até a cidade aqui do lado” ou “qualquer coisa o banco da frente protege”, o que é um grave erro já que, em caso de acidente, o passageiro do banco traseiro sem cinto é arremessado sobre o ocupante do banco à frente, provocando ferimentos em ambos.
“As pessoas têm uma falsa sensação de segurança de que o banco da frente protege o passageiro em caso de impacto. Também têm a percepção de que no banco traseiro não serão multadas pela dificuldade de fiscalização. Com isso, se arriscam muito, principalmente nas rodovias, onde a velocidade autorizada pode chegar a 120 km/h”, avalia Viviane.
Dados regionais
Embora o uso do cinto de segurança venha aumentando desde o início das campanhas educativas, algumas regiões do Estado ainda registram baixa adesão ao equipamento. É o caso da Região de Franca onde 48% dos ocupantes do banco traseiro ainda dispensam o uso do cinto em viagens pelas rodovias sob concessão. As regiões com os índices de uso mais altos entre os passageiros do banco traseiros são Barretos, Itapeva e São José dos Campos com adesões de 87%, 83% e 80%, respectivamente. Nos trechos de rodovias próximas à capital paulista o índice de uso do cinto no banco de trás é de 71%.
Abaixo, quadro com percentual de uso do cinto de segurança, identificado na pesquisa de agosto de 2019, nas regiões do Estado atendidas por trechos de rodovias sob concessão.
Uso do cinto de segurança no banco traseiro |
|
Região |
Ago/19 |
Capital |
71% |
Região Central |
63% |
Região de Araçatuba |
72% |
Região de Barretos |
87% |
Região de Bauru |
73% |
Região de Campinas |
71% |
Região de Franca |
52% |
Região Itapeva |
83% |
Região de Marília |
68% |
Região de Presidente Prudente |
73% |
Região de Ribeirão Preto |
73% |
Região de Santos |
79% |
Região de S. J. do Rio Preto |
78% |
Região de S. J. dos Campos |
80% |
Região de Sorocaba |
76% |
Região Metropolitana de S. Paulo |
74% |
TOTAL |
73% |