Geral
19 de Setembro de 2019 às 19h57
Curso sobre cibersegurança destaca a importância da pesquisa em fontes abertas como técnica de investigação na internet
Integrantes do MPF, MPMG, Justiça Federal e Polícia Federal participam de treinamento em Belo Horizonte organizado pela SCI/MPF e OEA em parceria com a PRMG
Arte: Secom-PGR
A Secretaria de Cooperação Internacional (SCI) do MPF e a Organização dos Estados Americanos (OEA), em parceria com Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética da Câmara Criminal do MPF(GACC-2CCR) e com a Procuradoria da República em Minas Gerais (PRMG), realizam nesta quinta (19) e sexta-feira (20), em Belo Horizonte (MG), o “Curso de Cibersegurança: ferramentas para aplicação da lei e investigação com foco no estudo de fontes abertas”, com o objetivo de capacitar agentes de aplicação da lei no Brasil no uso desse tipo de fonte como técnica de investigação, para que possam atuar como multiplicadores dos conhecimentos adquiridos.
O curso é uma iniciativa do Comitê Interamericano contra o Terrorismo (CICTE), da OEA, com financiamento do Foreign & Commonwealth Office (FCO) do Reino Unido, em parceria com o MPF. A atividade já foi realizada anteriormente nos estados de SP, RS, BA e PA.
Na abertura, o procurador da República Rodrigo Leite Prado, representando a procuradora-chefe da PRMG, Isabela de Holanda, destacou a importância do aprimoramento dos procedimentos de investigação para acompanhar uma realidade em que o uso de novas tecnologias impõe desafios cada vez maiores ao desvendamento e repressão de crimes praticados via internet. Por isso, segundo ele, “é fundamental a união de todos os atores envolvidos nesse tipo de investigação, para que a soma de esforços e de conhecimentos possa trazer mais aportes sobre o tema”.
Barbara Marchiori, consultora do programa de Cibersegurança da OEA, lembrou que a própria diversidade e complexidade do Brasil faz com que “a investigação dos crimes cibernéticos exija profissionais capacitados em todo o país, assim como o compartilhamento de experiências e a disseminação dos conhecimentos”, de forma a propiciar resultados mais eficazes e uma atuação uniforme em qualquer ponto do território.
Fontes abertas – O treinamento teve início com a exposição da servidora do MPF-SP, Adriana Shimabukuro, coordenadora do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos da Procuradoria da República em São Paulo, que, a partir de casos concretos, tratou do uso de fontes abertas, a fim de ilustrar as ferramentas disponíveis para o enfrentamento desse tipo de crime. Ela também abordou a relevância da cadeia de custódia de provas eletrônicas.
“É induvidoso que as nossas investigações devem se adequar a essa nova realidade dos avanços tecnológicos, que ocorrem a uma velocidade nunca vista. Os criminosos pensam que estão acima da lei, já que as tecnologias atuais dificultam a vida das autoridades. Mas nós precisamos buscar e conhecer as técnicas para interceptá-los””, lembrou Adriana.
A procuradora regional da República da 2ª Região e coordenadora do Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética da 2ª CCR, Neide de Oliveira, iniciou sua palestra abordando conceitos relacionados à internet e à temática do cibercrime, assim como sobre as etapas de investigação, para ilustrar a atuação do MPF. Ressaltou, entre outras, questões relativas à competência, legislação, uso de Facebook e Instagram e à arquitetura peer to peer, para finalizar sua explanação indicando iniciativas relevantes para a prevenção do cibercrime.
Programação – O treinamento prossegue amanhã com mais dois expositores. A partir das 9 da manhã, o agente da Polícia Federal, Erik Pereira Siqueira, do Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos, apresentará o Projeto Tentáculos, um trabalho de inteligência policial para a apuração de fraudes bancárias eletrônicas.
Em seguida, a partir das 11 horas, Flávio Andrade, especialista da Trendmicro, empresa voltada à proteção contra códigos maliciosos em desktops e servidores, vai falar sobre mensageiros instantâneos e sobre fontes abertas a partir da perspectiva de uma empresa privada.
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