O senador Otto Alencar (PSD-BA) acusou o governo de Jair Bolsonaro de estimular as queimadas que têm destruído a Floresta Amazônica. O senador disse nesta terça-feira (17) que o governo é o responsável pela crise ambiental que assola o país. Ele lembrou que as políticas para mitigar as mudanças climáticas e para garantir a preservação ambiental são dever do Estado.
— Houve complacência daqueles que fiscalizam o desmatamento da Amazônia, num crime ambiental sem precedentes na história do Brasil, quando se destruiu parte da Floresta Amazônica. E isso vai continuar — afirmou, apontando também uma grande diminuição da lâmina d’água na região amazônica, o que trará graves consequências.
O parlamentar enumerou ações contrárias à preservação ambiental implementadas pelo governo Bolsonaro, que desde sua posse mexeu na estrutura do meio ambiente. Ele lembrou que, já no começo do mandato, Bolsonaro extinguiu a Secretaria de Mudança do Clima e Florestas, além de reduzir de 96 para 23 o número de conselheiros do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Já em fevereiro, ressaltou Otto Alencar, começou o desmatamento da parte mais baixa da floresta. Ele explicou que é quase impossível incendiar a floresta úmida sem desmatar por baixo. Segundo ele, quando acontece o desmatamento da parte baixa, depois de uns três ou quatro meses, a mata fica quase toda seca e nesse momento os criminosos ambientais incendeiam a floresta.
— Ou seja, aquela mata menor foi desmatada. Não era a floresta de árvores centenárias, altas. Então, quem vai desmatar, desmata sem ninguém perceber — disse o senador, lamentando a destruição, a partir de julho, da floresta alta, com árvores centenárias e protegidas por legislação federal.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)