Após uma manifestação em frente ao Ministério Público do Trabalho Estadual (MPT-AM) cerca de 100 profissionais de enfermagem terceirizados da saúde do Sindicato das Empresas Privadas e Terceirizadas da Saúde (SindPriv) estiveram na Assembleia acompanhando a Sessão Plenária da galeria na manhã desta terça-feira (17), reivindicando o pagamento de salários atrasados há meses.
O presidente da Assembleia, deputado estadual Josué Neto (PSD), falou aos manifestantes, reiterando o apoio do poder legislativo estadual a receber as manifestações. “Sejam sempre bem vindos e voltem sempre, pois esta Casa, sempre que for necessário estará à disposição”, declarou.
Em uma Cessão de Tempo, Graciete Mouzinho, presidente do SindPriv, explicou a vinda dos manifestantes que buscam o apoio dos deputados para receber os atrasados. “Não temos nenhuma satisfação do Governo e estamos alguns há quatro meses e outros com seis meses sem receber nosso salário, sem contar que tem terceirizado até em Itacoatiara e Tabatinga sem receber. Há duas semanas estamos fazendo manifestações e não temos respostas. O que a gente espera é que os deputados nos ajudem resolver esse problema junto ao Governo do Estado”, explicou.
O diretor do SindPriv, José Picanço, falou das dificuldades enfrentadas pelos profissionais. “Estamos clamando aos senhores porque a saúde do amazonas está na UTI, com trabalhadores até seis, sete meses sem receber. O trabalhador da saúde precisa pagar seu aluguel, seu alimento. Alguns já foram até despejados por não ter como pagar esse aluguel. Peço que a comissão de saúde acompanhe essa situação, porque isso é uma falta de respeito”, declarou.
O deputado estadual Dr. Gomes (PSC), integrante da base governista na Assembleia, tranquilizou os manifestantes ao falar da intenção do governo do estado em contratá-los diretamente. “Vejo a angústia que os senhores estão passando e esta manhã vou dar uma notícia que nos últimos anos os senhores ainda não ouviram: Está sendo feito um estudo para que em, no máximo 60 dias, os trabalhadores terceirizados sejam contratados diretamente pelo Governo do Estado e acabe de vez com esse tipo de problema de atraso”, anunciou.
A presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, deputada estadual Dra Mayara (PP), ressaltou que há tempos vem alertando para a necessidade de se contratar diretamente os terceirizados. “Houve um ‘boom’ de terceirizados na área da saúde, o que, infelizmente, prejudicou muito os trabalhadores, porque acontece muito de o Governo pagar as empresas, mas as empresas não pagam os trabalhadores. Por isso me comprometo a me inteirar da situação e recebê-los amanhã pela no seio da Comissão de Saúde para que a gente trace as medidas necessárias junto às empresas para que sejam feitos esses pagamentos”, comprometeu-se a deputada.
Comentando a situação, a líder do Governo na Casa, deputada estadual Joana Darc (PR) priorizou a resolução do problema. “Estamos como interlocutores e intermediadores e o que importa é a solução do problema, é o dinheiro na conta do trabalhador, por isso estarei presente na reunião de amanhã e vamos exigir que as empresas paguem aos profissionais”, afirmou.
Os deputados estaduais Wilker Barreto (Podemos) e Dermilson Chagas (PP) lamentaram a situação, cobrando uma solução do governo, ao mesmo tempo em que apontaram a má gestão que não prioriza a saúde como a causa do atraso dos salários dos terceirizados.
Diretoria de Comunicação da Aleam
Texto: Fernanda Barroso
Foto: Edmar Perrone