Projeto desenvolvido pela Unifesp e USP-Leste leva conhecimentos científicos para espaços não formais de ensino
A Penitenciária “José Parada Neto”, de Guarulhos recebeu, pela segunda vez, no último dia 30 de agosto, estudantes de graduação e mestrandos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade de São Paulo (USP) para apresentação sobre ciência a 60 reeducandos da unidade.
Nas bancadas móveis, os alunos explicaram sobre explicados sobre os fenômenos naturais, como a erupção de um vulcão e as fases da lua, além da demonstração de jogos lógicos que combinam o desenvolvimento de atividades matemáticas e jogos de tabuleiro, que debatem a desigualdade social. O projeto interdisciplinar foi apresentado aos reeducandos que estão em formação pela Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecido dentro da penitenciária pela Escola Estadual “Francisco Antunes Filho”, de Guarulhos.
M.R., reeducando estudante do 2° ano do ensino médio, ressaltou a confiança dos professores e a rede de conhecimento que é estabelecida entre eles. “É gratificante ter a oportunidade de participar de uma ação como essa, de aprender como funcionam coisas do dia a dia de um jeito simples”, afirmou ele à Secretaria de Administração Penitenciária.
Já para a mestranda em Educação, Ana Paula Moreira Alves, apresentar uma Banca da Ciência dentro de uma unidade prisional é uma quebra de preconceitos e estereótipos. “Eles são alunos como quaisquer outros e são muito interessados no que trazemos”, ressaltou a professora.
Os experimentos apresentados pelo projeto são montados com materiais recicláveis ou de baixo custo, assim, os alunos conseguem observar como itens do cotidiano podem ser transformados em ciência e podem reproduzi-los. As atividades colocadas em contexto despertam o interesse do público e aproximam os conhecimentos acadêmicos da sociedade.