O Senado comemorou com sessão especial, nesta quinta-feira (12), o aniversário de nascimento do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, e do Memorial JK. O homenageado nasceu em Diamantina, Minas Gerais, há 117 anos. O Memorial foi fundado há 38 anos em Brasília.
Na solenidade foram apresentados um documentário sobre o ex-presidente, produzido pela TV Senado, e o livro Memórias do Brasil: discursos de JK, uma coletânea com os discursos de Juscelino, proferidos durante os seus cinco anos de mandato como presidente do Brasil. O projeto foi desenvolvido pelo Memorial JK e publicado pelo Senado Federal.
A sessão contou com a presença de Anna Christina Kubitschek, neta de Juscelino e presidente do Memorial; do ex-senador Paulo Octávio (vice-presidente do Memorial); e do pioneiro de Brasília, ex-deputado federal, Carlos Murilo Felício dos Santos.
O deputado Lafayette Andrada (PRB) foi convidado para representar a bancada mineira da Câmara Federal.
— Minas se orgulha de ter entre seus filhos, Juscelino Kubitschek de Oliveira, grande presidente da República e grande realizador da união nacional com a construção da nossa capital — disse.
Desenvolvimento nacional
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento para a sessão especial, lembrou que as primeiras obras realizadas em seu estado, o Amapá, foram no governo de JK. Entre elas, a hidrelétrica, a instalação da indústria e comércio de minérios e a inauguração da estrada de ferro.
Randolfe também ressaltou as ideias e o projeto de desenvolvimento nacional do ex-presidente, com destaque para a transferência da capital do Brasil para Brasília, como previsto desde a Constituição Federal de 1891.
— Governos que o antecederam, mesmo tendo a determinação constitucional, não fizeram. Governos que o sucederam, não fizeram obra igual na história do país. Foi a maior obra da humanidade nos séculos 20 e 21 — afirmou.
Os senadores representantes do Distrito Federal também exaltaram as obras de Juscelino. A interiorização do desenvolvimento do país foi destacada por Reguffe (sem partido–DF).
— Uma visão que falta hoje na política. Uma visão de estadista. Uma visão de homem público, com a grandeza que os homens públicos deveriam ter — disse.
Em discurso emocionado, Izalci Lucas (PSDB-DF) também elogiou a coragem de JK por fazer a integração do Brasil e realizar o Plano de Metas para a industrialização do país.
— Eu quero aqui demonstrar a minha gratidão por tudo que ele fez pelo Brasil, mas sobretudo, pelo exemplo que deixou à minha geração. Exemplo de coragem, otimismo, competência e amor ao nosso país — declarou.
Consenso
Wellington Fagundes (PL-MT) exaltou o “otimismo contagiante” e o carisma do ex-presidente para garantir o consenso.
— Ele foi capaz de persuadir os seus contemporâneos e a todos nós até hoje, da possibilidade de alcançarmos desenvolvimento econômico e estabilidade política. Progresso com liberdade, sem ódio e sem rancor, respeitando quem discordava de suas opiniões — observou.
A solenidade foi encerrada com pronunciamento de André Octávio Kubitschek, bisneto do ex-presidente. Ele destacou a trajetória política de Juscelino como deputado, prefeito, governador, senador e presidente da República. Exaltou, ainda, as políticas de Estado, a busca de conciliação e de entendimento em torno do crescimento econômico do Brasil.
— Um presidente que soube compreender o brasileiro, estimular seus talentos, habilidades, e, principalmente, o amor ao Brasil. Peço a Deus para que possamos sempre honrar o que o meu bisavô fez por todos os brasileiros — concluiu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)