Exposição ‘As Várias Faces de Darcy’ faz parte das comemorações dos 30 anos da fundação, completados no dia 18 de março
O Memorial da América Latina inaugura, em 19 de setembro, a exposição gratuita “As Várias Faces de Darcy”, como parte das comemorações do aniversário de 30 anos da fundação, completados no dia 18 de março.
A homenagem ao intelectual Darcy Ribeiro, responsável pela criação do projeto conceitual e cultural do Memorial da América Latina, apresenta retratos em grande formato de várias fases, ao longo das pilastras do Pavilhão da Criatividade.
No total, estarão expostos dez painéis, sendo o primeiro com seis 6 m de altura por 1,60 m de largura, e nove deles com 4,5 m de comprimento por um 1,5 m de largura. A escolha do local da exposição tem o objetivo de apresentar o antropólogo como um grande guardião do projeto que ele mesmo ajudou a construir.
Exposição
A mostra homenageia o homem múltiplo e pródigo que foi Darcy Ribeiro. No Memorial da América Latina, o intelectual deu vida à arquitetura de Oscar Niemeyer e fez com que a fundação fosse um espaço dedicado à arte e à cultura, além de um centro de pesquisa de temas de interesse dos países latino-americanos.
O acervo da Biblioteca Latino-Americana, por exemplo, teve seu embrião constituído por 10 mil livros selecionados e adquiridos sob a orientação de Darcy Ribeiro. Vale destacar que as fotos que integram a exposição foram cedidas pela Fundação Darcy Ribeiro.
Vida e obra
Darcy Ribeiro nasceu em 26 de outubro de 1922, na Fazenda do Cedro, em Montes Claros, Minas Gerais, e faleceu em 17 de fevereiro de 1997, em Brasília, no Distrito Federal. Em 74 anos de vida, ele escreveu mais de 30 livros, entre pesquisas etnológicas, estudos antropológicos sobre o homem brasileiro e a civilização, reflexões sobre educação, ficção em prosa e poesia.
O intelectual defendeu os índios e a educação. Lecionou, criou e reformou universidades e sistemas de ensino no Brasil, Uruguai, Chile, Peru, México e Venezuela. Quando um dia lhe perguntaram como gostaria de ser lembrado, ele respondeu simplesmente: “Como um homem que brigou muito pro Brasil dar certo, um homem que amou muito a vida e amou muito o amor”.