Geral
10 de Setembro de 2019 às 19h38
No Plenário do CNMP, Raquel Dodge é homenageada em sua última sessão ordinária
Em seu discurso, a PGR conclamou a todos a lutarem por mais igualdade, liberdade e contra a violência
Foto: Sergio Almeida (Secom/CNMP)
A 13ª Sessão Ordinária deste ano, realizada nesta terça-feira (10), foi a última conduzida pela presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cujo mandato se encerra no próximo dia 17. Por isso, Dodge foi homenageada pelo trabalho realizado à frente da Casa no biênio 2017-2019.
Responsável por conduzir as homenagens, a secretária-geral do CNMP, Cristina Melo, afirmou que “nunca houve uma procuradora-geral da República como Raquel Dodge e sei que nunca haverá. Eu pude conhecer também o ser humano que a senhora é, o que encheu meu coração de alegria”. Cristina Melo ainda entregou flores à Dodge, enviadas pela representante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil no Plenário do CNMP, Sandra Krieger.
Em nome dos membros do Plenário, falou o conselheiro Lauro Nogueira. Ele a parabenizou pelo desempenho durante o mandato e destacou que as muitas conquistas do colegiado e das comissões que compõem o CNMP nos últimos dois anos passaram pelo compromisso da Presidência em apoiar as realizações da Casa.
“Resumo a atuação da senhora em duas palavras: firmeza e fineza, que retratam sua trajetória aqui como presidente e como procuradora-geral da República. O Ministério Público brasileiro sai, após esses dois anos, muito mais forte do que estava. Fica a marca indelével, na história do MP, de coragem, determinação e delicadeza”, falou o conselheiro.
Representando os membros auxiliares da Presidência do CNMP, a secretária de Direitos Humanos e Defesa Coletiva, Ivana Farina, ressaltou que, no último biênio, Raquel Dodge levantou a bandeira pelos direitos humanos e guiou um Ministério Público altaneiro. Ivana também destacou importantes realizações do mandato de Dodge no Conselho, como as cinco conferências de promotoras e procuradoras de Justiça, o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid) e a divulgação e multiplicação do projeto Água para o Futuro, que recupera nascentes.
“Cada um faz o que tem coragem, força e, no seu caso, estatura moral para sustentar. Raquel Dodge quis não só guiar este colegiado e o Ministério Público para dias melhores, mas também criar um mundo melhor, com mais justiça e com menos ódio e disputas”, disse.
Já o ministro do Supremo Tribunal Federal aposentado Francisco Rezek destacou que Raquel Dodge exerceu o cargo de procuradora-geral da República com “firmeza implacável no cumprimento do dever, mesmo naquilo que ele tem de mais áspero, que é a função acusatória do Ministério Público, e na defesa intransigente do interesse público”.
Por sua vez, falando em nome da Associação Nacional dos Procuradores da República, Ana Carolina Roman ressaltou como Raquel Dodge deixa um legado, principalmente para as mulheres que integram a carreira. “Demonstrou que somos capazes e que devemos estar nos espaços que tradicionalmente estão ocupados pelos homens. Muito obrigada pelo caminho trilhado de competência e comprometimento”.
Por fim, representando os servidores da Casa, Ana Beatriz Catelán, uma das responsáveis pelo projeto Gestão para Diversidade do CNMP, agradeceu à Raquel Dodge, que, como a primeira procuradora-geral da República, “abriu caminhos e provou como as mulheres são corajosas. A senhora deixa um legado que vai ecoar para sempre em nossos corações, principalmente no das mulheres”.
A servidora também entregou, à Raquel Dodge, uma placa de homenagem em nome de todos os servidores da Casa e um livro intitulado “Mulheres Incríveis”, encartado com uma página em reverência à presidente do CNMP.
Palavras da presidente – Após as homenagens, mais do que agradecer pelos elogios, Raquel Dodge preocupou-se em deixar uma mensagem. “Muito obrigada pelas demonstrações de apreço. Estou muito honrada por tudo que disseram. Mas quero destacar uns pontos. Nenhum de nós do Ministério Público pode descansar enquanto houver crianças e mulheres sendo violentadas, nível alto de desempregados e desassistidos, e pessoas que não conseguem sonhar com uma vida melhor. Devemos fazer cumprir a Constituição Federal e as leis. Foi isso que tentamos fazer neste Conselho nos últimos dois anos”, disse a presidente do CNMP, que agradeceu à sua equipe de trabalho pelo apoio durante o mandato.
Continuando a fala, Raquel Dodge disse que é preciso guardar no coração a luta por liberdade e democracia, contra a opressão. “Ainda uma grande parte da nossa população vive sem igualdade. Temos que continuar lutando contra a violência, antevendo um futuro em que sejamos mais solidários, fraternos e justos entre nós. Ser agressivo um com o outro não constrói. Somos todos plantas do mesmo jardim, não importa a cor da pele”, finalizou a presidente do CNMP.
Com informações Secretaria de Comunicação Social do Conselho Nacional do Ministério Público
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