O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, abriu, nesta terça-feira (10), a exposição “Amapá — Onde os hemisférios se encontram — 76 anos de criação do território”. São 58 telas de 28 artistas amapaenses, além de artesanato indígena e obras do acervo do Museu do Negro, de Macapá, que ficarão expostos até sexta-feira (13) no Espaço Cultural Ivandro Cunha Lima e no Senado Galeria. A mostra faz parte da Semana do Amapá no Senado.
— [A exposição] traz a força do Amapá ao Congresso Nacional, ao apresentar nossa cultura e tradição. Milhares de pessoas passarão todos os dias aqui e terão a oportunidade de conhecer um pouco da origem do nosso estado nesse espaço, que vai elevar o nome dos nossos artistas para conhecimento nacional e internacional — disse Davi, que destacou o apoio de autoridades do Amapá na organização da mostra.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lembrou a história do estado, que remonta à chegada dos europeus à região. Segundo ele, a arte amapaense tem a particularidade de ser distinta de outras manifestações artísticas do país e do mundo. É o caso, afirmou, do batuque do marabaixo, criada pelos negros da região e que não existe em nenhum outro lugar.
— Esta semana mostrará as diferentes riquezas do Amapá. A terra que os senhores conhecerão é uma terra de múltiplas definições. Assim como múltiplo é nosso povo. Essa exposição é demonstração disso.
O senador Lucas Barreto (PSD-AP) elogiou a exposição e disse conhecer “cada rincão e cada lugar” retratados em algumas das telas expostas. Ele destacou que a programação especial para comemorar os 76 anos de criação do território também abrange a gastronomia amapaense, já que o Restaurante dos Senadores (localizado no anexo 2 da Casa) oferece aos frequentadores um cardápio especial, na quinta-feira (12), em homenagem ao Amapá.
— Fica aqui o convite para todos visitarem o nosso querido Amapá.
Momento histórico
Prefeito de Macapá, Clécio Luís disse que, para os artistas do estado, a exposição é uma oportunidade de mostrar suas obras fora das fronteiras do estado, além de criar, para eles, um melhor ambiente de negócio. É importante também, afirmou, por ser realizada em um momento histórico, pelo fato de, pela primeira vez, o presidente do Senado ser nascido no Amapá.
— O Brasil precisa conhecer os “brasis”. Aqui no Senado circulam diariamente milhares de pessoas, pessoas importantes, políticos que tomam decisão, empresários. É preciso que conheçam esses “brasis” pelos seus mais variados aspectos. Acertadamente, o Senado faz essa celebração da Semana do Amapá, que traz o melhor, que é sua arte e sua cultura.
Para o artista plástico Wagner Ribeiro, autor de duas telas da exposição, participar da mostra no Senado significa um salto na carreira do artista. Ele foi um dos curadores da mostra, juntamente com Jeriel, também artista plástico.
— O artista macapaense se conecta com o nosso dia a dia, o nosso cotidiano. O diferencial da nossa arte é isto: representar a região de maneira diferente, trazendo um estilo diferente — disse Jeriel.
Também curadora da exposição, Marina Beckman é diretora-presidente da Fundação de Cultura de Macapá. Ela elogiou a organização da mostra.
— É importante que o Brasil inteiro conheça as obras dos nossos artistas amapaenses. A exposição é o momento que o Amapá tem para mostrar seu potencial artístico e cultural, que é riquíssimo.
Também participaram da abertura da exposição os senadores Eduardo Gomes (MDB-TO) e Marcos do Val (Podemos-ES).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)