Atividade acontecerá todo 1º sábado do mês e pode ser realizada por pessoas de qualquer idade; caminhada é de cerca de 2 quilômetros
O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, passará a oferecer visitas guiadas às suas trilhas todo primeiro sábado do mês. Educadores especializados do Butantan conduzirão as visitas em grupo e ajudarão o público a observar e entender um pouco sobre as plantas, árvores, aves, mamíferos e insetos que vivem ou visitam o local, que é fragmento de Mata Atlântica. A atividade é gratuita e já começa neste sábado (7).
Localizado na capital paulista, o Butanta tem 80 hectares de área de mata preservada, na zona Oeste da cidade. A área englobada pelo projeto possui duas trilhas com cerca de 2 quilômetros de mata preservada, onde é possível de deparar com exemplares de árvores como a Pau-Viola (que tem frutos atrativos para os tucanos e outras aves), a Embiruçu (que é típica da Mata Atlântica e cuja polinização é feita essencialmente por morcegos e mariposas) e a Pau-Jacaré (cujo tronco lembra as costas de um jacaré).
Neste sábado, a caminhada será das 9h às 11h. O ponto de encontro é o acesso à Casa Afrânio do Amaral (dentro do Butantan). É recomendável o uso de calça comprida, calçado fechado e confortável, filtro solar e repelente, além de uma garrafa de água. Não é necessário fazer inscrição, a atividade é gratuita e pode ser feita por pessoas de todas as idades que tenham condições físicas para caminhar por cerca de 2 quilômetros.
Contemplação e conscientização
Nas trilhas, os visitantes podem ver borboletas e mais de 20 espécies de aves, além de outros animais. Outro atrativo são as Pancs (Plantas Comestíveis Não Convencionais), como a malvavisco e a pariparoba.
A atividade sempre terá um tema ligado a datas comemorativas relacionadas ao meio ambiente. Neste sábado (7), o tema será o Dia do Cerrado, comemorado em 11 de setembro. As caminhadas nas trilhas começaram há quatro anos, com foco na observação de aves, passando por borboletas, fungos e Pancs.
A ideia é promover o contato do Homem com a natureza, valorizando e incentivando a preservação do meio ambiente. “Essa trilha é diferente de outras que conhecemos porque os pesquisadores do Butantan estudam as plantas, as aves, os morcegos, os mamíferos, os frutos e, por isso, temos condições de falar, com conhecimento, sobre o assunto”, afirmou a pesquisadora do instituto Erika Hingst-Zaher, integrante da equipe organizadora da atividade.
Atualmente, segundo ela, a mata do Butantan e do vizinho campus da USP (Universidade de São Paulo) forma a segunda maior área verde da cidade de São Paulo, atrás apenas do Parque do Estado, o que torna a área um ponto extremamente relevante do ponto de vista da biodiversidade.