Buscando novas estratégias para o fortalecimento dos programas de imunização municipais, a FVS-AM realiza o 1º Seminário de Vigilância das Coberturas Vacinais, Qualidade de Dados do Estado do Amazonas. A programação inclui a Oficina de Integração e Planejamento Estratégico de Vigilância e Controle de Doenças. O evento vai ocorrer no período de 8 a 12 de julho, a partir de 8h, no auditório do Centro Universitário Ceuni Fametro, localizado na avenida Constantino Nery, 3.000, zona centro-sul de Manaus.
Para abertura do evento entre as presenças confirmadas constam o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, a representante do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Antônia Teixeira.
Participarão do seminário 250 profissionais de saúde que atuam nas áreas de Imunização, Vigilância Epidemiológica e de Atenção Básica, dos 62 municípios do Amazonas. A programação do treinamento contempla Sistema de Vigilância Epidemiológica no Estado do Amazonas; Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQA-VS); Programa Estadual de Imunizações; Vigilância das Coberturas Vacinais; Coleta, Armazenamento e Transporte de Amostras Biológicas e Bromatológicas, de interesse das DNC; Gerenciador de Ambiente Laboratorial- GAL entre outros.
Para a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, a queda nas coberturas vacinais é uma preocupação no país e no Amazonas.
“Em 2018, apenas a BCG, contra a tuberculose, atingiu o mínimo desejado que é de 90% da população do Estado. A cobertura vacinal é um indicador importante de saúde da população e da qualidade da atenção à sociedade dispensada pelos serviços de assistência básica de saúde. Ao todo, são ofertadas 45 tipos de vacinas para todas as faixas etárias de forma rotineira nas salas de vacinas”, disse Rosemary.
O diretor técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, ressaltou que quando o esquema básico de vacinação nos primeiros anos de vida não é respeitado, com base nas metas preconizadas pelo Programa Nacional de Imunização, as crianças se tornam vulneráveis a doenças graves, como tuberculose, meningite, febre amarela, gripe, poliomielite, hepatite A e B, sarampo, rubéola, rotavírus, difteria, tétano, coqueluche, varicela, botulismo, pneumonias e raiva, que podem levar a sequelas severas até a morte.
Segundo Cristiano, o alcance da cobertura vacinal é imprescindível para evitar surtos de doenças. “A vacina só se torna eficiente e eficaz quando estiver com as coberturas mínimas preconizadas pelo Ministério da Saúde. Temos grande parcela da população suscetível e não podemos baixar a guarda”, alertou.
Importância da vacina – A imunização é a única maneira de garantir que doenças erradicadas não voltem, ponderou a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, da FVS-AM, Izabel Nascimento.
“O Programa Nacional de Imunização, completou 46 anos de existência e sem dúvida nenhuma, contribui de forma efetiva na eliminação de várias doenças. Porém, a sociedade precisa aderir ao calendário anual e proteger principalmente as crianças menores de 5 anos, que hoje desconhecem o impacto de uma poliomielite em suas vidas”, salientou.
Ainda segundo Izabel, o calendário vacinal contempla os grupos prioritários, como crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto) e adolescentes. “São grupos de riscos que podem apresentar quadro graves da doença, com destaques para crianças e grávidas”, explicou.
A FVS-AM orienta que a população busque a aplicação das vacinas nas unidades básicas de saúde do município onde mora. “Sabemos que muitas pessoas têm dificuldade de comparecer às unidades de saúde, mas alertamos sobre a prevenção das doenças imunopreveníveis”, acrescentou Izabel.