Em setembro, o programa Notas Contemporâneas, do Museu da Imagem e do Som (MIS), convida o cantor e compositor Nando Reis. A iniciativa da instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado registra depoimentos de nomes importantes do cenário musical brasileiro.
Em 11 de setembro, o artista participará de uma entrevista ao vivo, às 20h, comandada pelo pesquisador Cacá Machado, enquanto a Banda MIS realiza, no palco, releituras de grandes sucessos da carreira do homenageado.
O encontro acontecerá no Auditório MIS (172 lugares). O ingresso, gratuito, deve ser retirado com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS. O projeto mensal do museu registra depoimentos de compositores e intérpretes icônicos da música popular brasileira.
O programa se divide em duas etapas: a primeira é composta de um longo depoimento realizado em estúdio, que passa a integrar o acervo do MIS; a segunda é ao vivo, no palco do auditório do museu, com mediação do músico e historiador Cacá Machado.
A entrada é livre e os fãs dos artistas são muito bem-vindos, podendo, inclusive, fazer perguntas ao homenageado, que serão selecionadas pela equipe do museu para integrar o roteiro do evento.
Carreira
Em 2016, Nando Reis foi o 6º artista com músicas mais tocadas ao vivo no Brasil. As canções do artista ficaram em 13ª entre as mais tocadas nas rádios.
“Diariamente”, na voz de Marisa Monte; “All Star”, “O Segundo Sol” e “Relicário”, gravados por Cássia Eller; “Resposta” e “É Uma Partida de Futebol”, registrados pelo Skank; “Do Seu Lado”, pelo Jota Quest, e “Onde Você Mora?” e “Querem o meu Sangue”, pelo Cidade Negra – todas têm autoria de Nando Reis, sozinho ou em parceria com os artistas.
A veia compositora de Nando Reis começou antes da música. Ele começou a musicar os poemas, depois de ser apresentado aos Rolling Stones, pelo irmão mais velho, e ao violão, pela irmã. Aos 15 anos, o artista montou a banda “Os Camarões” e tocou uma composição sua, “Pomar”, em festival.
Em 1985, para o segundo disco dos Titãs, chamado “Televisão”, contribuiu com “Pra Dizer Adeus” e “O Homem Cinza”. No primeiro, tinha versado “Marvin” e “Querem Meu Sangue”. Já para os clássicos “Cabeça Dinossauro” e “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas” Nando escreveu “Homem Primata”, “Igreja”, “Bichos Escrotos”, “Diversão” e “Nome aos Bois”, além da faixa-título do segundo.
Em seu primeiro trabalho solo, “12 de Janeiro” (1994), tinha estourado com o hit “Me Diga”. Nos anos seguintes lançou “Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro” (2000), “Infernal” (2001) e “A Letra A” (2003), até ganhar ouro e platina duplos com o “MTV Ao Vivo”, em 2004. Tem no currículo ainda “Sim e Não” (2006), “Luau MTV” (2007), “Perfil” (2008), “Drês” (2009), “MTV Ao Vivo (Bailão do Ruivão)” (2010), “Sei” (2012), “Sei Como Foi em BH” (2013), “Voz e Violão – No Recreio – Volume 1” (2015) e “Jardim-Pomar” (2016).
Indicação
O álbum gravado ao vivo em Belo Horizonte foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro. O trabalho mais recente, “Jardim-Pomar”, tem participação de seus ex-colegas de Titãs Branco Mello, Sérgio Britto, Paulo Miklos e Arnaldo Antunes, além das cantoras Pitty, Luiza Possi e Tulipa Ruiz, dos músicos Peter Buck (ex-R.E.M.) e Mike McCready (Pearl Jam), bem como de quatro de seus cinco filhos (Zoé, Sophia, Theo e Sebastião; os últimos formam a dupla 2Reis), além de ter recebido duas indicações ao Grammy, nas categorias de Melhor Canção em Língua Portuguesa (com “Só Posso Dizer”) e Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa.
Nando Reis tem três troféus do prêmio máximo da música, o Grammy, um de 2002, pelo “Acústico Cássia Eller”, como Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, outro de 2011, por “De Repente”, com Skank, por Melhor Música de Rock em Língua Portuguesa, e “Jardim-Pomar” ganhou o mais recente, de 2017, como Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa.