O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (23), por meio de sua conta oficial no Twitter, que ofereceu ajuda ao presidente Jair Bolsonaro no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. Além disso, o líder norte-americano destacou que relação entre os dois países está “mais forte do que nunca” e afirmou que as perscpetivas futuras de comércio entre os dois países são “empolgantes”.
“Acabei de falar com o presidente @JairBolsonaro do Brasil. As perspectivas futuras do nosso comércio são muito empolgantes e nosso relacionamento é forte, talvez mais forte do que nunca. Eu disse a ele que os Estados Unidos podem ajudar com os incêndios na Floresta Amazônica, estamos prontos para apoiar!”, tuitou Trump.
O presidente dos Estados Unidos @realDonaldTrump disse que conversou com o presidente @jairbolsonaro e falou que as relações entre os países estão mais fortes que nunca. E ofereceu para ajudar no combate às queimadas na Amazônia. https://t.co/6MOVtYxNbX
— Planalto (@planalto) August 23, 2019
Bolsonaro replicou o tuíte de Trump em sua página oficial. Na tarde desta sexta-feira, o presidente brasileiro assinou decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.
Acordo comercial
Jair Bolsonaro também anunciou hoje a conclusão das negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e o Efta, bloco de países europeus formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, que tem Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos) de US$ 1,1 trilhão. O governo brasileiro trabalha ainda para fechar acordos semelhantes com Canadá, Coreia do Sul, além dos EUA.
América do Sul
Os países que compartilham com o Brasil parte da Floresta Amazônica também adotam providências para tentar conter os incêndios que se espalham por seus territórios. Países como Bolívia e Paraguai (que não é coberto pela Floresta Amazônica) estão somando forças para se ajudarem.
Ontem (22), o governo colombiano ofereceu ajuda ao Brasil para tentar conter o avanço das chamas em território brasileiro. Além disso, propôs que Brasil, Colômbia, Equador e Peru passem a atuar conjuntamente para prevenir e combater incêndios na Amazônia.
Pelo Twitter, o presidente do Equador, Lenin Moreno, afirmou já ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro. “Conversei com Bolsonaro para colocar à disposição um avião que transportaria três brigadas de especialistas em combate a incêndios florestais e em investigação ambiental que podem ajudar a mitigar a tragédia na selva amazônica”, escreveu Moreno. Em outra publicação, o presidente equatoriano afirmou que os incêndios que destroem a floresta “do Brasil, Peru, Bolívia e o pantanal do Paraguai” alertam o mundo inteiro.
Desde ontem, as áreas de proteção ambiental peruanas próximas à fronteira com o Brasil estão em estado de alerta. Em nota, o Ministério do Meio Ambiente do Peru afirma que, este ano, já foram registrados 16 incêndios florestais, 14 dos quais em áreas naturais sob proteção.
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Edição: Bruna Saniele