Criminal
23 de Agosto de 2019 às 17h30
Justiça Federal condena Elton Leonel, o Galã, por crime de organização criminosa
Galã possui uma longa trajetória criminosa e, atualmente, encontra-se preso no Rio de Janeiro
Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã, foi condenado pela Justiça Federal em Ponta Porã (MS) a 19 anos de prisão mais pagamento de multa de aproximadamente R$ 4 milhões pelo crime de organização criminosa. A Justiça levou em conta que Galã se dedica a ações criminosas organizadas pelo menos desde 2005 e, dentro da organização, era responsável por realizar as compras de drogas em grande escala, administrar os armamentos e os veículos, controlar o pagamento de propina para policiais paraguaios e controlar o pagamento de salários aos membros da organização.
Na decisão, a 2ª Vara Federal de Ponta Porã ressalta que “todo o histórico da vida pregressa do acusado Elton Leonel, trazido didaticamente nas alegações finais do órgão ministerial, é relevante para ficar claro que ele, ao menos desde os 20 anos de idade, vive exclusivamente da prática de crimes, sem prova, é bom também ressaltar, do exercício de qualquer atividade econômica lícita que lhe gerasse renda também lícita”.
Réu por lavagem de dinheiro – Na mesma semana que a Justiça Federal em Ponta Porã condenou Galã por organização criminosa, a JF em Campo Grande recebeu nova denúncia do MPF pelo crime de lavagem de dinheiro mediante ocultação de propriedade e de movimentação de valores provenientes de crimes.
O MPF pede, como efeito da condenação, o perdimento de bens, valores e direitos em montante equivalente a R$ 3,5 milhões. A denúncia destaca que contas bancárias no Paraná e em Mato Grosso do Sul foram abastecidas com dinheiro de proveniência ilícita e movimentadas a mando de Galã, em parceria com doleiros.
Histórico – Em fevereiro de 2018, Galã foi preso no Rio de Janeiro, onde se encontra detido até hoje. Na casa dele, foram apreendidos aparelhos telefônicos e documentos relacionados a diversas ações criminosas.
Foi com base em informações retiradas dos aparelhos telefônicos e documentos apreendidos na casa do Galã em 2018 que a Polícia Federal de Mato Grosso do Sul instaurou inquérito policial voltado à apuração de atos de lavagem de dinheiro, já que havia comprovantes de depósitos para empresas localizadas no estado. Ao ter acesso aos relatórios, o MPF solicitou e a Justiça autorizou a quebra de sigilo dos dados das contas bancárias utilizadas por Galã, resultando em provas irrefutáveis da movimentação financeira feita por ele.
Autos nº 0000569-76.2018.403.6005 (organização criminosa)
Autos nº 5006049-28.2019.4.03.6000 (lavagem de dinheiro)
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