O intuito do encontro é firmar parcerias que deem suporte à continuidade do projeto realizado por policiais militares
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped), por meio de sua titular, Viviane Lima, levou secretários e parlamentares à Cavalaria da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), localizada na rua Tiradentes, n° 311, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus.
Participaram da visita, os secretários de infraestrutura e do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS), Carlos Henrique Lima e Kathelen Santos, respectivamente. Além dos deputados estaduais Joana Darc, Mayara Pinheiro e Dr Gomes.
“Desde o início da gestão, estamos tentando buscar todos os projetos que já existiam e que estavam, de alguma forma, desassistidos. Então, a secretaria entra mesmo como o braço do Governo junto à equoterapia. É muito bom estarmos dentro de uma gestão, de um momento do Governo, que as pessoas estão voltadas para a pessoa com deficiência. Acredito que faltava isso, a conscientização”, afirmou Viviane.
O intuito da visita era fazer com que as autoridades públicas conhecessem mais sobre a equoterapia, um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência. O cavalo é utilizado nesta terapia, porque a sua marcha é muito semelhante à marcha humana, transmitindo estímulos ao praticante quando montado semelhante aos que receberia quando estivesse andando.
“São diversos os benefícios que a equoterapia alcança em uma criança com deficiência. As que têm dificuldade de locomoção começam a ter estímulos, mover braços, pernas, troncos. Para outras patologias, como o autismo e síndrome de down, as pessoas começam a ser mais interativas, traçar sorrisos, falar”, elenca o major D. Muniz, responsável pela cavalaria da PM.
O projeto – Atualmente, com o apoio de dois equinos da PM – um outro cavalo fica na reserva – o projeto atende 49 crianças, de segunda a sexta-feira. Entre os principais diagnósticos atendidos na equoterapia estão a paralisia cerebral, o autismo e a síndrome de down, de Asperg, entre outros.
“Todas as crianças que participam são autorizadas por um médico, após passarem por uma avaliação com psicólogo, fisioterapeuta e equitador. Casos de epilepsia, por exemplo, não podem participar da equoterapia”, explica a responsável pelo projeto na PM, 1ª tenente Daianne Veras.
Nos últimos cinco anos, o projeto da PMAM já alcançou cerca de 700 pessoas. E, há ainda, mais de 300 pessoas numa lista de espera.
“Estamos com a obra quase concluída e, quando finalizada, conseguiremos aumentar em mais 50% esse atendimento”, garantiu o major.
“É importante que destinemos recursos de medidas impositivas para esse tipo de projeto, para a manutenção dos trabalhos. Que realmente a gente possa se ajudar, porque o que eles fazem é por amor”, completou a deputada Joana Darc.
Evolução – A professora Rogéria Alves, de 39 anos, é mãe do pequeno Mateus, de 8 anos. Diagnosticado com autismo e TDH, o menino frequenta a equoterapia da PM há um ano e meio e, segundo a mãe, o desenvolvimento vai além do esperado.
“Ele está apresentando um desenvolvimento muito bom. Ele tinha muitas estereotipias, tipo andar na ponta dos pés e agora ele não faz mais isso com frequência. Porque, no cavalo, ao montar, ele apoia os pés por completo e isso o ajudou bastante. Também ajudou na atenção, na interação, na linguagem”, elenca a professora.
Ao saber que a visita da comitiva tratava-se de buscas por novas parcerias, Rogéria vibrou de alegria, frisando a importância do projeto para as famílias que têm a oportunidade de participar.
“A gente fica feliz por ter apoios porque a equoterapia não pode acabar. E eu falo isso em nome de todas as crianças com deficiência e não só pelo meu filho, porque ajuda muito no desenvolvimento delas”, disse.