O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) destacou em Plenário a Marcha das Margaridas, que aconteceu em Brasília nesta terça-feira (13). Lembrando a história da líder sindical paraibana Margarida Alves, assassinada em 1983, o parlamentar criticou a desigualdade entre homens e mulheres.
— Essas mulheres, na Marcha das Margaridas, lutam por uma garantia que já está expressa na Constituição Federal, quando diz que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza; quando diz ainda que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Uma grande mentira! Uns são mais iguais que outros. Prova disso é que as mulheres apenas em 1827 tiveram direito de se matricular numa instituição de ensino. Os homens estão à frente das mulheres no processo eleitoral há 500 anos, porque apenas em 1932 a mulher teve direito ao voto.
Contarato ressaltou que o tema da marcha neste ano faz apelo a um Brasil com soberania popular, democracia, Justiça e igualdade. Ele considera, porém, que o país só tem perdido em termos de direitos sociais e que mesmo as conquistas democráticas hoje estão sob ameaça, “em vista de um presidente que quer governar por decretos”.
— Sonho que um dia, independentemente da raça, da cor, da etnia, da religião, da origem, da condição de gênero sexual, de ser ou não deficiente físico, de ser idoso, nós efetivamente teremos um Estado democrático de direito, no qual todos seremos iguais perante a lei.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)