A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) assinam, nesta terça-feira (13/08), na sede do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), a portaria conjunta para implantação, na rede pública de saúde do Amazonas, do Sistema de Gerenciamento de Informação do Teste do Pezinho (GITP). O lançamento acontece às 9h, no auditório Carlos Bandeira Alberto de Araújo, na estrada da Ponta Negra e contará com a presença do governador em exercício, Carlos Almeida, e do secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias.
A implantação do sistema é uma articulação entre Governo do Estado e Prefeitura de Manaus, intermediada pelo MPE-AM, com vistas a aumentar a cobertura do exame a partir do acompanhamento do fluxo de atendimento e a busca ativa de crianças que não realizaram o teste na maternidade. Cerca de 25% dos recém-nascidos recebem alta das maternidades sem realizarem o teste do pezinho.
Isso ocorre porque a coleta de material para a realização do exame deve ser feita preferencialmente entre o terceiro e quinto dia de vida da criança. Muitas crianças têm alta antes do terceiro dia de vida. Nesses casos, os pais precisam levar a criança para fazer a coleta em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), que oferecem o serviço.
O sistema vai integrar os bancos de informação das maternidades da rede estadual com os Caics, Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) e as UBSs, para que se faça a busca ativa desses casos e os exames possam ser realizado na unidade de saúde mais próxima de casa.
As maternidades vão abastecer o sistema com as informações iniciais de mãe e filho, como endereço, telefone de contato e indicar uma unidade de saúde mais próxima da residência para realização do exame, caso o recém-nascido não tenha feito teste antes da alta médica. A unidade indicada fica responsável por aplicar o exame e realizar busca ativa da mãe que não comparecer até o quinto dia de vida da criança.
A princípio o sistema será implantado nas unidades de saúde da rede estadual e municipal, e, posteriormente, nas maternidades da rede privada e no Interior do Estado.
A base de dados dará um diagnóstico da aplicação do teste nas maternidades e possibilitará um controle mais rigoroso da realização do exame das crianças nos primeiros dias de vida.