Tendo como público-alvo os estudantes, projeto tem como objetivo conscientizar a população sobre a poluição do rio que corta o município
Alunos do terceiro ano do curso técnico de Química integrado ao Ensino Médio da Escola Técnica Estadual (Etec) Trajano Camargo, de Limeira, estão trabalhando para conscientizar a população sobre a poluição do Ribeirão Tatu, afluente que corta o município.
O rio está altamente contaminado por esgoto e dejetos industriais lançados nas águas de maneira inadequada. O projeto NanoLabtem como público-alvo outros estudantes da região.
Gabriel Fulanetti, Gabriel Rocha, João Barbosa, Kaynan Rafael de Oliveira Pompeu, Murilo Henrique Granso Pareja e Paulo José dos Santos receberam orientação e coorientação dos professores Gislaine Delbianco e Sérgio Delbianco e apoio das secretarias municipais de Meio Ambiente de Limeira e Cordeirópolis, município vizinho.
Como parte de seu projeto de pesquisa, o grupo fez o monitoramento das águas do ribeirão coletando cinco amostras, da nascente à foz. Para que essa experiência possa ser repetida por outros estudantes, os jovens criaram kits escolares para o teste de potabilidade.
Com isso, até escolas que não têm laboratório podem realizar a atividade. Batizado como NanoLab, o mesmo nome do projeto, o kit contém cartilha, aplicativo para celular e site – esses dois últimos estão em fase de desenvolvimento.
“O kit é formado por componentes básicos, tendo em vista que itens mais complexos acarretariam alto custo. São vidrarias simples de laboratório, como erlenmeyers, béqueres e tubos de ensaio, entre outros”, explica Gabriel Rocha.
“Os reagentes são de uso cotidiano, como vinagre e bicarbonato de sódio, que podem ser encontrados dentro de casa ou comprados facilmente.” O material também é de fácil transporte, possibilitando sua utilização em aulas externas, acompanhadas de atividades como a coleta de amostras, por exemplo.
O grupo de alunos da Etec já organizou oficinas, mostrando experimentos com o NanoLab, em duas escolas de Ensino Fundamental de Limeira, para cerca de 500 estudantes do 5º ao 9º ano. Outra ação foi a mediação do plantio de 500 mudas para reflorestamento da nascente da bacia hidrográfica, realizada em Cordeirópolis.
Durante o restante do ano letivo de 2019, os jovens vão aprimorar o conteúdo do kit, focando no aplicativo. O contato com outras escolas para a realização de oficinas também está sendo feito. “Precisamos resgatar o respeito da população pelo ribeirão”, afirma Gabriel. “O kit é uma ferramenta prática de inclusão e um futuro produto comercial.”