Os internos que participam do projeto de remição pela leitura, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) em parceria com a Umanizzare Gestão Prisional, estão se preparando para prestar o Exame Nacional Exame Nacional do Encceja tendo aulas de técnica de redação.
O projeto tem o objetivo de conhecimento à educação e cultura por meio da leitura de livros. Segundo a professora Gracimar de Sousa Pereira, que faz parte do projeto nas unidades prisionais, os internos recebem orientações para elaborar uma análise crítica seguindo critérios do relatório de leitura (estética, limitação ao tema e fidedignidade), que são avaliados pela comissão organizadora do projeto.
“Isso os torna mais preparados e seguros para as provas de redação do Encceja ou do Enem, não tenho a menor dúvida disso. É gratificante contribuir para esse desenvolvimento educacional”, disse a professora.
Conteúdos – Os livros escolhidos para a execução do projeto possuem conteúdos voltados para as áreas de superação pessoal, laços familiares, romance, ficção e literatura brasileira.
O Remição pela Leitura também proporciona aos reeducandos um espaço didaticamente adequado para o estudo e motiva a criação e manutenção de grupos preparatórios, com estagiários para tirar dúvidas e aumentar as chances de sucesso dos internos quando forem prestar os exames.
“O projeto nasceu com a proposta de tornar mais brando o processo penal – e visava diminuir a pena dos internos participantes através da leitura de obras, mas hoje é uma referência em educação dentro do sistema prisional. Além de buscar a potencialização dos valores humanos dos internos, a atividade é também uma forma de crescimento intelectual, gera a diminuição do sentimento de exclusão da sociedade e evita a ociosidade no ambiente penitenciário”, acrescentou a coordenadora de projetos Maria Domingas Printes.
Remição de pena – Recomendado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e previsto na Lei de Execução Penal (LEP), o Programa de Remição pela Leitura visa reduzir a pena dos internos utilizando obras literárias, prática que tem-se mostrado uma extraordinária ferramenta também para a melhoria do convívio interno nos presídios.