MARCO ANTONIO CALEJO
DA REDAÇÃO
Na sessão desta terça-feira (6/08), o surto de sarampo em várias cidades brasileiras, inclusive São Paulo, e a saúde das árvores paulistanas plantadas em vias públicas foram destaque no plenário da Câmara Municipal de São Paulo.
A vereadora Sandra Tadeu (DEM) utilizou a tribuna do plenário para falar sobre o avanço do sarampo, doença altamente contagiosa, transmitida pelo ar ou por gotículas emitidas por uma pessoa infectada com o vírus. Segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, tinham sido registrados 633 casos da doença no estado até o fim de julho, 484 dos quais na capital.
Como principal forma de prevenção, Sandra defendeu as campanhas de vacinação, inclusive para turistas estrangeiros que cheguem ao Brasil. “As autoridades, tanto municipais, estaduais e federais, têm que olhar para isso. Se essas patologias são erradicadas no meu país, não temos que aceitar que pessoas de outros países venham para cá e não sejam vacinadas”, afirmou a vereadora.
Outro tema discutido durante a sessão plenária foi o meio ambiente. Segundo o vereador Gilberto Natalini (PV), aproximadamente 20% das árvores da capital paulista estão doentes. O parlamentar mencionou um trabalho desenvolvido pelo Instituto Biológico de São Paulo para cuidar desse problema, no qual os troncos das árvores podem ser examinados com o uso de um equipamento chamado boroscópio.
“Ele é colocado dentro da árvore com uma tela de televisão, e esse equipamento examina a árvore por dentro, como a endoscopia examina o estômago de um ser humano. É barato, e a árvore não é ferida”, afirmou Natalini.
Já o vereador Mário Covas Neto (PODE) referiu-se a algumas obras da prefeitura que foram contestadas na Justiça. Covas Neto citou como exemplo a suspensão da reestruturação do Vale do Anhangabaú e a revitalização do Largo do Arouche, ambas na região central de São Paulo.
“Não há problema nenhum de que o Ministério Público ou qualquer pessoa recorra ao Judiciário. O problema é o Judiciário, de antemão, tomar uma decisão liminar sem ouvir a outra parte, e suspender algumas ações que depois ela vê que não havia razão para ser cessada”, disse o vereador.
A eleição dos conselheiros tutelares da cidade de São Paulo, marcada para outubro próximo, foi objeto de comentário do vereador Alessandro Guedes (PT). O parlamentar afirmou que pretende ampliar o debate em relação aos critérios do processo eleitoral que escolherá os integrantes dos conselhos.
“Queria aqui sugerir para a Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude que paute esse tema. Levarei essa proposta também para a Comissão de Finanças para entender o que está acontecendo e propor soluções”, finalizou Guedes.