O apresentador de televisão Luiz Rocha, que está no ar há 35 anos com programas dedicados à música caipira, acredita que a cultura sertaneja pode ajudar o país a ser mais feliz. Ele aposta que “se o Brasil fosse mais caipira, seria menos violento”.
Rochinha avalia que o mundo está virado pelo avesso e diz que tem rezado por dias melhores.
“Peço saúde pro mundo inteiro, juízo para cada um na posição que está exercendo. Outro dia fiz uma música – Uma prece pra Deus – pedindo para Ele ajudar todos nós aqui, porque o mundo está de ponta cabeça”, diz.
O apresentador observa, por exemplo, os casos de agressão e homicídios que ocorrem em escolas. “Eu não sei nem de que país é esse tal de bullying. Mas isso é do arco da velha. Quando eu era menino, na escola tinha o brigacento (sic), igual hoje, só que ninguém matava ninguém. Aí, quando a professora chamava, que a palmatória comia, e perguntava por que começou a briga, aí o outro dizia: foi ele que buliu comigo primeiro”, brinca, na busca de amenizar a situação.
Luiz Rocha concedeu entrevista à jornalista Roseann Kennedy, no programa Impressões, que vai ao ar na TV Brasil, da EBC, nesta terça (30), às 23 horas. Na mesma emissora, ele apresenta o Brasil Caipira. Anteriormente, em outros canais, também esteve à frente do programa Clima de Fazenda.
Além de apresentador, Rochinha – como é chamado pelos amigos – é professor, poeta, produtor, compositor, pesquisador e estudioso da música caipira.
“Na verdade, sou um curioso e um escutador. Eu escuto música todos os dias e dali eu vou vendo oque ainda tem espaço, algum tema pra ser abordado”, reage, ao ter o currículo mencionado. Afinal, para ele, ser caipira é ser simples.
“Eu acho que é simplicidade acima de tudo. É gostar de escutar música boa, porque a música caipira tem começo meio e fim, eu nunca vi ninguém dançando música caipira. A gente geralmente apresenta em teatro e as pessoas param, escutam e depois surgem as palmas. Então, música caipira é gostar do que é bom, não ficar rico, mas durar que só. Tem caipira com 100 anos. Tem coisa melhor que isso?”, finaliza.
Edição: Kleber Sampaio