Aulas são gratuitas para alunos e funcionários da Unesp; comunidade externa também pode cursar mediante pagamento de taxa
Desde 2016, alunos, professores e funcionários da Unesp Bauru tem a oportunidade de participar do curso de mandarim oferecido gratuitamente no campus. Em parceria com o Instituto Confúcio, órgão do governo chinês que tem por objetivo difundir a cultura local pelo mundo, o curso ajuda a ampliar também os horizontes profissionais.
O processo de aprendizagem não é dos mais simples. Isso porque o mandarim não é baseado num alfabeto, como na língua portuguesa, mas num sistema de ideogramas, cada um representando um fonema e com um significado.
As aulas são ministradas por professores enviados pela Universidade de Hubei, na cidade de Whuang, na China. “Os alunos brasileiros são muito diferentes dos alunos chineses. São muito simpáticos, pensam muito e sempre tem dúvidas na aula. Então eu gosto muito daqui”, ressalta à TV Unesp a professora Xiong Ziwei, responsável por ministrar as aulas em 2019.
O curso é gratuito para alunos e funcionários da Unesp, mas a comunidade externa também pode participar mediante o pagamento de uma pequena taxa mensal. É o caso da psicóloga Sônia Francisco, que está fascinada com a oportunidade. “É uma experiência totalmente diferente. E eu enquanto psicóloga, acho interessante conhecer como é a forma de pensar dos povos, das culturas para entender melhor este objeto de estudo da psicologia que é o homem e que está em constante transformação”, disse à TV Unesp.
Todo semestre, os alunos podem participar de cursos de mandarim na China, com custos quase totalmente pagos pelo governo de lá. A aluna Nicole Sciulli teve esse privilégio “eu fui no curso de verão de 2017 e a gente aprendeu sobre cultura, história, os costumes chineses, além do Mandarim. Fora a interação que a gente teve com vários alunos dentro da Universidade de Hubei, em Wuhan que foi muito importante. A gente mantém essa amizade até hoje”.
Segundo a coordenadora do Instituto Confúcio em Bauru, Caroline Luvizotto, as aulas tem tido boa procura porque o Mandarim é considerada a língua do futuro e o intercâmbio com a Universidade de Hubei, que pode chegar a dois anos para alunos do doutorado, colabora para a internacionalização da Universidade. “É um privilégio muito grande Bauru ter recebido esse curso em 2016. Não é só uma questão científica, acadêmica ou de pesquisa, mas é um intercâmbio cultural muito grande na área financeira, na área econômica também. Então o mercado de trabalho se expande. E a Unesp tem esse braço de oferecer também à comunidade a extensão dos seus serviços”, conta à TV Unesp.