Em comemoração aos 143 anos protegendo vidas, patrimônio e meio-ambiente, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) reuniu oficiais e praças em uma sessão solene na noite da terça-feira (16/07), no Teatro Amazonas, na avenida Eduardo Ribeiro, Centro da capital.
Dentre as atrações de aniversário da instituição militar, houve a exibição do documentário “Bombeiros do Amazonas”, produzido pela Fundação Rádio e Televisão Cultura do Amazonas (Funtec) em parceria com o CBMAM, bem como a apresentação da Orquestra de Violões do Amazonas (Ovam), sob a regência do maestro Davi Nunes.
Para o secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel PM Louismar Bonates, o documentário mostra para a população o trabalho da corporação.
“O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas é o segundo corpo de bombeiros mais antigo do Brasil e vem prestando excelente serviço à sociedade. O intuito do documentário é fazer com que a nossa população conheça com mais detalhes como são feitos o trabalho e os treinamentos dos bombeiros militares, que muitas vezes é de alto risco, além de exigir um preparo psicológico muito grande para exercer sua função de salvar vidas”, destacou ele.
O comandante geral do CBMAM, coronel BM Danízio Valente, afirma que o vídeo revela também a sensibilidade do profissional bombeiro militar.
“O documentário mostra que somos seres humanos, assim como as vítimas que atendemos. Todos os dias deixamos nossas famílias em casa para proteger vidas e patrimônio, para levar esperança ao aflito e orientação à sociedade em geral. O dia é para celebrar junto com a tropa e a família pela coragem e dedicação a esta nobre profissão. Quero agradecer também a TV Cultura, na pessoa de seu presidente, senhor Oswaldo Lopes, pelo excelente trabalho em revelar um pouco mais do nosso dia a dia, e ao secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, pelo incondicional apoio em nos receber no Teatro Amazonas. Estamos muito honrados por esse prestígio”, declarou.
O diretor-presidente da Funtec, Oswaldo Lopes, conta que o documentário histórico foi trabalho desenvolvido em equipe. “Podemos ver, na figura do comandante geral e de todos aqueles ligados ao Corpo de Bombeiros, o entusiasmo total na prestação do seu serviço à população amazonense. Esse documentário retrata de forma fidedigna o trabalho dos bombeiros militares do Amazonas. Para nós da TV Cultura, que tivemos a oportunidade de participar deste trabalho e, ao mesmo tempo, para que o documentário fosse exibido na maior casa cultural, que é o Teatro Amazonas, foi um trabalho em que a união fez a força”, disse o comunicador.
A celebração também contou com a presença de diversas autoridades civis e militares, entre eles o comandante do Comando Militar da Amazônia, general de exército César Augusto Nardi de Souza; o chefe do Estado Maior do CMA, general de brigada Algacir Antonio Polsin; e o comandante do Centro de Coordenação de Operações do CMA, general de brigada Omar Zendim. Além destes, cabe destacar as ilustres presenças do comandante geral da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), coronel PM Ayrton Ferreira do Norte; e do secretário de Estado de Cultura, senhor Marcos Apolo Muniz.
Histórico – Criado no dia 2 de julho de 1856 como Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, o serviço de combate às chamas logo se expandiria para os recônditos mais distantes do Brasil, levando consigo a filosofia que seria defendida por cada nova corporação: vida alheia e riquezas salvar.
Ao longo desses primeiros anos, conforme a existência do serviço de combate a incêndios se fazia cada vez mais premente, dada a gravidade dos incêndios que acometeram a Barra do Rio Negro (antiga denominação de Manaus), como o ocorrido na igreja da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em 2 de julho de 1850, e o incêndio no trem de guerra (conjunto de petrechos que acompanham a força terrestre) da guarnição, em julho de 1874, mais as autoridades foram impelidas a repetir o ato do imperador Dom Pedro II.
Assim, em 11 de julho de 1876, com a promulgação da Portaria nº 268-1ª Seção, sancionada por Nuno Alves Pereira de Mello Cardoso, presidente interino da Província, surgia a diretriz para que fossem observadas “as instruções para o serviço de extinção de incêndios”. Este documento que fez surgir o embrião do que viria a ser o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas. O cumprimento da ordem pública coube ao então capitão Joaquim Leovigildo de Souza Coelho, à época diretor de Obras Públicas.
É bom destacar que as corporações do Rio de Janeiro (CBMERJ) e de Brasília (CBMDF) disputam, pela peculiaridade de suas histórias de criação – no caso do Distrito Federal, pela transferência da capital do país do Rio de Janeiro para Brasília –, a titularidade de corporação mais antiga, ao obedecer ao decreto imperial de Dom Pedro II, em 2 de julho de 1856. No caso do Amazonas, o Corpo de Bombeiros Militar, por sua criação em 11 de julho de 1876, é assim considerado o segundo corpo de bombeiros mais antigo do Brasil.