Materiais hospitalares essenciais na Unidade de Terapia Intensiva estão em falta no Hospital 28 de Agosto, de acordo com o deputado estadual Dermilson Chagas (PP), que visitou o estabelecimento ambulatorial na última quarta-feira (03). O parlamentar, que apresentou a relação em tribuna na manhã desta quinta-feira (04), ressaltou que até o final do mês de junho deste ano, o Governo do Amazonas já recebeu mais de R$ 440 milhões de recursos do FTI que está à disposição para ser utilizado na saúde.
De acordo com a relação apresentada por Dermilson, disponibilizado pela diretoria do 28 de Agosto, os materiais são: avental descartável, seringas descartáveis de 1ml à 20ml, luva de procedimento tamanho P e M, equipo macrogotas, fralda descartável, fita medidora de glicemia capilar (fita de dextro), sonda nasoenteral nº 12, sonda nasogástrica longa nº 16 e 20, sonda de folley nº 16, tubo ototraqueal nº 8,5, cânula de traquesotomia nº 7,5, clorexidina alcoólica à 0,5%, clorexidina degermante à 2%, coletor de urina e máscara.
Além disso, Dermilson informou também que existem ar-condicionados no quinto andar do hospital que estão há quatro meses com defeito. “É uma vergonha isso. Ouvimos aqui que o Governo diz que está tudo perfeito, vejo os deputados da base dizerem que não está faltando nada. Quando chega lá, a realidade é outra: pacientes sem medicamentos, médicos sem equipamentos essenciais para realizar o trabalho de salvar vidas”, criticou.
O deputado ainda diz que, durante a conversa que teve com a diretoria do hospital, foi relatado que foi feito um pedido para a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) enviar 20 mil aventais. Foram enviados apenas 20 aventais. “Os R$ 300 mil que o hospital recebe todos os meses para manutenção estão para comparar os medicamentos que deveriam ser entregues pela Cema. Aí eu questiono, cadê os R$ 440 milhões do FTI para ser utilizado na saúde? Por que o Governo do Amazonas não está dando prioridade para a saúde, que está em calamidade? Pessoas estão morrendo pela falta de medicamentos e alguém terá que se responsabilizar por isso”, afirmou.
Hospital Francisca Mendes
Na última terça-feira, Dermilson, da tribuna da Assembleia Legislativa, denunciou também que existem 12 crianças no hospital Francisca Mendes que ainda não realizaram o procedimento de ablação por catete — procedimento médico invasivo usado para remover ou destruir uma via elétrica defeituosa no coração de pessoas propensas a desenvolver arritmias cardíacas — por não haver materiais. “E o meu colega da base do governo, deputado Dr. Gomes me diz que existem materiais sim, mas as pessoas que me repassaram a denuncia afirmaram que não tem. Portanto, irei lá verificar pessoalmente se o material está faltando ou não. Meu papel é isso, e eu vou cumprir”, disse.
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