Tafenoquina é um avanço significativo no tratamento da malária, especialmente na região do Amazonas. Este NOVO medicamento antimalárico promete transformar o controle da malária vivax, que representa 85,1% dos casos na região. A introdução da tafenoquina visa não apenas facilitar o tratamento, mas também aumentar a adesão dos pacientes ao NOVO protocolo terapêutico.
A Fundação de Vigilância em saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) lançou recentemente programas de capacitação para a correta utilização do teste de G6PD, uma etapa essencial para o início do tratamento com tafenoquina. O uso adequado deste teste é fundamental, pois assegura que pacientes com níveis ideais de G6PD possam utilizar a tafenoquina sem riscos adicionais.
Um dos principais pontos destacados pela diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, é que a capacitação dos profissionais de saúde é uma prioridade. O objetivo é garantir que médico, enfermeiros e outros profissionais possam realizar o teste de G6PD com eficácia e, assim, fornecer o tratamento adequado. Se os níveis de G6PD do paciente forem insuficientes, o tratamento padrão será redirecionado para primaquina, conforme as diretrizes atuais.
A mudança principal no protocolo de tratamento é a redução do tempo necessário para a terapia. Com o uso da tafenoquina, o tratamento que anteriormente exigia sete dias com cloroquina, agora se resume a apenas três dias, juntamente com a administração de tafenoquina em um único dia. Isso representa um avanço significativo nas estratégias para o controle da malária, facilitando o acesso e melhorando os resultados.
A integração das ações de saúde é ressaltada pelo responsável técnico de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira. Ele afirma que para que a tafenoquina atinja seu pleno efeito na interrupção da transmissão da malária, é vital unificar esforços em saúde pública e por meio de treinamentos adequados.
Além disso, as atividades de capacitação iniciaram no dia 21 de outubro e envolvem visitas aos municípios da Regional de saúde do Juruá, como Eirunepé, Carauari e Ipixuna. Essas atividades têm como foco a educação sobre o uso da tafenoquina e a realização do teste de G6PD, permitindo que os profissionais de saúde estejam bem preparados para enfrentar o desafio da malária na região.
Até agora, os municípios que já adotaram a tafenoquina relatam resultados promissores, e a expansão do uso deste medicamento está sendo planejada cuidadosamente para garantir o melhor atendimento possível aos pacientes. Essa mudança é parte de um esforço mais amplo do Ministério da saúde para eliminar a malária no Brasil até 2035, um objetivo ambicioso que depende da eficácia dos tratamentos e das ações de controle.
Em conclusão, a tafenoquina não é apenas mais uma opção de tratamento, mas um marco no combate à malária no Amazonas. Sua introdução trouxe um protocolo mais ágil e efetivo, além de um compromisso com a formação contínua dos profissionais que atuarão na linha de frente do combate a essa doença. Com a tafenoquina, espera-se uma melhoria nos índices de saúde pública, reduzindo as recaídas e fortalecendo as redes de vigilância e controle de doenças na região.