povos originários foram celebrados em uma feira especial. A escola Estadual Diofanto Vieira Monteiro, situada no Centro de Manaus, promoveu a 2ª edição da ‘Feira de Linguagem’, focando na rica cultura dos povos originários do Amazonas. Essa atividade simboliza o encerramento do mês dedicado à reflexão e celebração dos direitos e da cultura indígena.
A feira foi uma oportunidade ímpar para os alunos, especialmente aqueles com deficiências intelectuais e múltiplas, participarem ativamente na promoção da cultura dos povos originários. O evento incluiu apresentações culturais, visitações às salas temáticas e até a venda de produtos artesanais feitos pelos próprios alunos. Isso demonstra como a educação inclusiva PODE ser enriquecedora, proporcionando experiências que conectam os estudantes às suas raíces culturais.
A diretora da escola, Solange Belchior, destacou a importância do evento, afirmando que a feira tinha o objetivo de mostrar a cultura, as lendas e a culinária que provêm das origens indígenas. Os alunos tiveram a chance de se engajar em atividades que promovem não apenas o conhecimento, mas também a valorização de suas identidades culturais.
Entre os destaques da feira, estava o “Ritual da Tucandeira”, uma apresentação que recriou uma importante tradição dos indígenas da etnia Sateré-Mawé. Este ritual marca a transição da adolescência para a vida adulta, onde os jovens são desafiados a suportar a dor das picadas de formigas tucandeiras, simbolizando força e coragem.
Além disso, os alunos encenaram a conhecida “Lenda do Guaraná”, que narra a origem dessa planta tão importante na cultura local. A integração de dança, contação de histórias e teatro foi o resultado de meses de ensaio, criando uma conexão efetiva entre os estudantes e suas tradições. O professor Luã Fernandes ressaltou a importância dessa temática: ‘Estamos buscando trazer os alunos para essa reflexão, de forma que eles se sintam incorporados à sua realidade e às suas culturas.’
A programação da feira também ofereceu salas temáticas sobre lendas e expressões culturais, incluindo a lenda do pirarucu e o papel da língua Ticuna. A professora Edinelza Nunes organizou uma sala dedicada à lenda do pirarucu, utilizando fantoches para tornar a experiência mais envolvente. ‘Ensaiamos constantemente e ver o empenho deles durante as apresentações foi gratificante’, disse Edinelza.
Para alunos como Jonatan Gabriel, de 17 anos, a feira foi uma oportunidade de se reconectar com sua cultura. Como parte da etnia Tikuna, ele expressou sua alegria ao ver sua cultura representada. ‘Achei a feira muito legal, interessante e significativa para minha identidade’, afirmou.
A realização da Feira de Linguagem na EE Diofanto Vieira Monteiro não só enriqueceu o aprendizado dos alunos, mas também proporcionou um espaço de celebração e reconhecimento dos povos originários. Ao final, o evento reforça a importância da inclusão e da educação cultural em escolas especiais, mostrando que todos têm um papel na promoção da diversidade e da história de nossos ancestrais.
A educação não deve ser apenas um meio de transmissão de conhecimento, mas também uma ferramenta para o fortalecimento da identidade e cultura, especialmente no contexto dos povos originários do Amazonas. Com eventos como esse, as escolas podem contribuir significativamente para a valorização e preservação das tradições indígenas na sociedade contemporânea.
Assuntos nesse artigo: #povos_originarios, #cultura_indigena, #educacao_especial, #feira_de_linguagem, #rios_da_amazonia, #tradicoes, #etnia_sateremawé, #guarana, #cultura_indigena_amazonica, #educacao_inclusiva, #linguas_indigenas, #saberes_locais, #artesanato_indigena, #lendas_indigenas, #valorizaçao_da_cultura, #identidade_de_cultura, #historias_indigenas, #ensino_inclusivo, #participacao_estudantil, #promocao_das_origens