Projeto Galeria Cidade Aberta celebra quatro anos com recorde de murais e ações formativas no 58 Festival Folclórico de Parintins
Foto: Dudu Melo
O projeto Parintins Galeria Cidade Aberta chega à sua 4ª edição em 2025 com novidades que consolidam sua proposta de transformar a cidade em uma verdadeira galeria a céu aberto. Realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, o projeto amplia o circuito artístico do Festival Folclórico de Parintins, descentralizando as ações culturais e democratizando o acesso à arte.
Neste ano, foram pintados 15 murais, totalizando cerca de 1.827 m² de arte urbana. Com a participação de 85 artistas e quatro nomes convidados, a edição de 2025 se torna a maior já realizada em número de murais, além de marcar o início das residências artísticas e da realização de ciclos de debates com a comunidade.
O secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Caio André, participou da abertura e elogiou o trabalho realizado pelos artistas parintinenses. “É um projeto do Governo do Estado do Amazonas, que valoriza os nossos artistas. Esse projeto, pós-pandemia, dá apoio aos nossos artistas e valoriza a cultura nessa cidade que respira arte”, destacou.
Os artistas convidados, Raiz, Hulk e Lobão não apenas produziram murais, como também participaram de um ciclo de debates, em espaços educativos da cidade, com o objetivo de fomentar o pensamento crítico e valorizar a arte como forma de cidadania.
Segundo o professor Diego Omar, curador do projeto e docente da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a proposta sempre foi fazer da arte um instrumento de transformação social: “Trabalhamos com o conceito da intervenção artística como produtora de significado e cidadania. É uma forma de interpelar a realidade, levar as pessoas a refletirem sobre sua história, seus imaginários e modos de vida”, afirma.
Programação
A programação do ciclo de debates começa no dia 6 de maio, às 14h, com o painel 1 – O Liceu de Artes como promotor de arte e cidadania, realizado no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro – Unidade Parintins. O encontro contará com os artistas Josinaldo Mattos, Pito Silva, Dermison Salgado, Inácio Paiva, João Ferreira, Suame e Natalina. A mediação será com os professores Diego Omar e Tiago Rocha, com debate conduzido pela professora Clarisa Suzuki, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
No dia 7 de maio, às 19h, acontecerá o Painel 2 – “De Parintins para o mundo”, no Centro de Estudos Superiores de Parintins – UEA. Nele estarão presentes os artistas Raiz, André Hulk, Mestre Evanil, Lenilson Bentes (Magl) e Glaucivan Silva. O debate será mediado por Diego Omar e Tiago Rocha, com participação do professor Guy Amado (Ufam).
Encerrando a programação, o Painel 3 – “Nem só de boi é feita a arte parintinense”, será realizado no dia 8 de maio, às 9h, no Colégio Batista de Parintins. Os artistas Jarbas Lobão, Curumiz, Levi Gama, Andrew Viana e Dennis Amoedo compartilham suas experiências, com mediação dos professores Diego Omar e Tiago Rocha, além do debate conduzido pelo professor Carlos Carvalho.
Sobre o projeto
Desde 2022, o Galeria Cidade Aberta propõe uma nova forma de vivenciar o Festival Folclórico de Parintins. Mais do que um evento de três noites no Bumbódromo, o festival é também vivência urbana, memória coletiva e expressão de identidades. Ao longo de quatro edições, o projeto realizou 45 murais, cobrindo quase 8 mil metros quadrados e reunindo mais de 300 artistas. Parte desses artistas não integra diretamente o circuito do boi-bumbá, reforçando a proposta de valorização da diversidade cultural local e da arte como ferramenta de geração de renda e transformação social.
Com murais que retratam a história e cultura amazônica, o projeto continua inspirando uma cidade que pulsa arte por todos os lados , com suas cores, vozes, e ancestralidades e que se reinventa a cada nova pincelada.
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