Durante abertura do Bioeconomy Amazon Summit, em Manaus, governador apresentou avanços do estado em inovação, inclusão produtiva e cadeias sustentáveis

FOTO: Diego Peres/SECOM
O governador Wilson Lima participou, nesta quarta-feira (30/07), da abertura oficial do Bioeconomy Amazon Summit (BAS) 2025, no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus. Ele destacou a bioeconomia como uma das principais apostas do Amazonas para o desenvolvimento sustentável, com políticas públicas voltadas para a inovação, a valorização dos saberes tradicionais e a inclusão produtiva dos povos da floresta.
“Nós como líderes e parceiros, precisamos fazer com que esse valor chegue a quem mais precisa, por isso este evento é importante, porque conecta quem sonha com quem faz. O que nós temos aqui de exposição demonstra o que já é feito aqui e daquilo que pode ser ampliado”, afirmou o governador Wilson Lima.
Promovido pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil e pela KPTL, o evento reúne lideranças da Amazônia, empreendedores e investidores nacionais e internacionais em torno de soluções de impacto para a região. A programação inclui painéis temáticos, rodadas de investimento, feira de negócios com 140 startups e uma exposição de produtos da bioeconomia. A realização da segunda edição em Manaus reforça o papel da capital como centro de inovação da região amazônica.
Além do governador Wilson Lima, participaram do evento o deputado estadual Adjuto Afonso; o diretor financeiro do Pacto Global – Rede Brasil, Rodrigo Favetta; o CEO da KPTL, Renato Ramalho; a coordenadora executiva da Jornada Amazônia, Janice Rodrigues; o secretário chefe da Representação do Governo do Amazonas em São Paulo, Alfredo Lins; o titular da Secretaria de desenvolvimento econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa; entre outras autoridades.

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Entre 2019 e 2024, o Governo do Amazonas destinou mais de R$ 730 milhões para investimentos em ciência, tecnologia e inovação. Desse total, R$ 33 milhões foram aplicados diretamente em ações de bioeconomia e tecnologia verde, apoiando mais de 250 projetos em diferentes regiões do estado. A meta, segundo o governador, é consolidar um modelo econômico baseado no uso sustentável da biodiversidade, capaz de gerar emprego, renda e manter a floresta em pé.
A participação do estado no evento foi articulada desde 2024, quando representantes da KPTL e do Pacto Global apresentaram o projeto ao Governo do Amazonas. Desde então, as equipes técnicas mantiveram diálogo ativo com os organizadores para garantir a presença do estado nas discussões. A Representação do Governo do Amazonas em São Paulo (ERGSP) teve papel estratégico nesse processo, atuando junto a secretarias estaduais e parceiros do setor privado.
Um dos avanços na área é o Plano Estadual de Bioeconomia, iniciativa inédita coordenada pela Sedecti. O plano está em fase de escuta ativa nos 62 municípios amazonenses e será apresentado na COP30, em Belém. A proposta é construir uma estratégia que considere as especificidades de cada território, com foco no fortalecimento de cadeias locais e valorização dos saberes tradicionais.
Entre as ações já em andamento, o governador citou o fortalecimento da meliponicultura, o projeto piloto do curauá em Novo Remanso, o apoio a manejos sustentáveis de pirarucu, jacaré, quelônios, madeira e produtos não madeireiros, além de programas de REDD+ e ações voltadas para os povos indígenas e comunidades tradicionais.

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Modelos sustentáveis
Há também modelos já consolidados no estado, como a Zona Franca de Manaus, que abriga 500 empresas e contribui para a manutenção de 97% da cobertura florestal do território estadual. O governador citou ainda o programa Guardiões da Floresta, que beneficia 8,2 mil famílias em 28 unidades de conservação, e a recente inauguração da primeira escola da Floresta, no município de São Sebastião do Uatumã, com 200 alunos matriculados.

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Outros marcos da política ambiental e de desenvolvimento do Amazonas também foram lembrados, como a implementação do Plano Amazonas 2030, que estabelece a meta de desmatamento líquido zero até o final da década. Além disso, o Governo do Amazonas deu início ao Manaus Action Plan, lançado em 2022, que hoje serve de referência para outras regiões da Pan-Amazônia, como Ucayali (Peru) e Caquetá (Colômbia), com metas ambiciosas para redução do desmatamento e valorização de soluções locais.
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