A Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) celebra 15 anos desde o início da operação comercial em dezembro de 2010, em Manaus, distribuindo gás natural para usinas termelétricas e demais consumidores no estado. Conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o gás natural representa cerca de 80% das fontes de geração de energia elétrica vinculadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no Amazonas, e a Cigás afirma atender esse volume por meio de fornecimento para usinas termelétricas.
Participação na geração
O gás natural distribuído pela concessionária é apontado como principal fonte entre as vinculadas ao SIN no estado, segundo a CCEE. Nos primeiros 10 meses deste ano, o consumo médio das termelétricas alcançou 4,8 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), volume que corresponde a 85% do total distribuído pela Cigás; os restantes 15% são destinados a outros segmentos.
Termelétricas atendidas e expansão das ligações
A Cigás ampliou para 12 o número de termelétricas atendidas. Sete estão em Manaus: UTE Mauá 3, UTE Aparecida e os Produtores Independentes de Energia (PIE’s) Tambaqui, Jaraqui, Tucunaré, Poraquê e Pirarucu. Outras cinco estão no interior: UTE Anori, UTE Coari, UTE Anamã, UTE Codajás e UTE Caapiranga.
A concessionária informou estar em fase final de teste em um NOVO trecho de gasoduto para atender a UTE Manaus 1 – que está sendo construída no Distrito Industrial. No interior, em operação no município de Silves (distante 204 quilômetros de Manaus), a Cigás contratou três consumidores livres do segmento termelétrico — usina Azulão, usina Azulão 2 e usina Azulão 4 — vencedoras dos leilões de reserva de capacidade na forma de energia de 2021 e 2022.
Contribuição ambiental
Um estudo publicado na revista Energia na Amazônia, do Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico (CDEAM) vinculado à Universidade Federal do Amazonas (UFAM), indica que a substituição de óleo combustível por gás natural na geração elétrica evitou a emissão de aproximadamente 6,2 milhões de toneladas de carbono equivalente (tCO2e) no período de 2010 a 2023.
Sistema de distribuição e usuários
O sistema de distribuição soma 359 quilômetros de extensão e já abastece mais de 28 mil unidades consumidoras entre os segmentos termelétrico, industrial, veicular, comercial, residencial e autogeração/liquefação. Entre os clientes industriais estão empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), como Moto Honda, Yamaha, PCE, Caloi, Coca-Cola, Metalfino e Ambev. No comércio, o gás natural atende shoppings, supermercados, academias, padarias, lavanderias, restaurantes e hospitais.
Em julho deste ano, a Cigás firmou parceria com a Super Terminais e assinou contrato para instalação da primeira usina de gás natural destinada a operações portuárias no Norte do país, voltada à região portuária de Manaus.
Vantagens econômicas e posicionamento no país
A rápida expansão do mercado local está associada a ganhos de custo. No Amazonas, o uso do gás natural PODE reduzir despesas em até 62% para indústrias, 56% para empreendimentos comerciais, 54% no segmento veicular e até 55% no residencial. O combustível é usado na geração de energia elétrica e vapor, aquecimento, secagem, climatização, como combustível para veículos e empilhadeiras e no preparo de alimentos.
Segundo dados de julho, a Cigás ocupa a terceira colocação em volume comercializado entre as distribuidoras da pesquisa da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). De acordo com o Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), de junho, a companhia lidera o ranking de competitividade tarifária no segmento comercial e aparece em quarto lugar no industrial (faixa de consumo 20.000 m³/dia), em comparação com 19 concessionárias nacionais.
O diretor técnico-comercial Clovis Correia Junior afirmou que o gás natural distribuído pela Cigás às usinas termelétricas passou a ser uma fonte relevante para a segurança energética do Amazonas, contribuindo para o processo de descarbonização do estado e para o desenvolvimento econômico. O diretor-presidente Heraldo Câmara destacou que a posição entre as maiores distribuidoras é motivo de orgulho, considerando a comparação com concessionárias com mais tempo de mercado.
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