Evento marcou o lançamento simbólico do projeto Tipiti, que levará laboratórios makers a 15 escolas da REDE estadual de ensino


A Secretaria de Estado de educação e Desporto Escolar participou, nesta terça-feira (23/09), da abertura da I Feira de Inovação, Ciência e Tecnologia da educação do Amazonas (FICTEA), que integra a programação do XXIII Seminário de Iniciação Científica e Pós-Graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A feira reuniu mais de 70 projetos científicos desenvolvidos em escolas estaduais de sete municípios do estado, além de registrar o lançamento simbólico do projeto Tipiti, iniciativa que levará laboratórios makers a 30 escolas públicas, sendo 15 da REDE estadual.
Entre os projetos apresentados, alguns foram desenvolvidos a partir do Programa Ciência na escola (PCE), enquanto outros surgiram de forma autônoma dentro das próprias escolas. As propostas abrangem temas como tecnologia, robótica, inteligência artificial, sustentabilidade, representatividade e novas práticas pedagógicas, refletindo a diversidade e a criatividade da produção científica da REDE estadual.
A secretária de educação, Arlete Mendonça, destacou a importância da iniciativa como elo entre os diferentes níveis de ensino.“O elo entre o ensino regular e o ensino superior é fundamental. É uma relação de retroalimentação, em que o aluno sai do ensino regular, vai para o superior e, posteriormente, retorna como profissional para contribuir com a educação básica. Esse movimento fortalece toda a REDE de ensino e abre caminhos para a inovação”, ressaltou a secretária.
A coordenadora da Fictea e professora do Programa de Pós-graduação em educação (PPGE/UFAM), Luana Wunsch, destacou a relevância da feira para o cenário educacional do estado. “Nosso objetivo é compreender como funciona a tríade da educação, ciência e tecnologia em um estado que tem uma relação tão específica com a natureza. Queremos reunir professores e alunos, da capital e do interior, para que sejam protagonistas desse processo”, afirmou a coordenadora.
Projeto Tipiti

FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de educação e Desporto Escolar
Durante a feira, também aconteceu o lançamento simbólico do projeto Tipiti, iniciativa da UFAM em parceria com a Secretaria de educação. O nome do projeto faz referência ao tipiti, instrumento trançado de palha tradicionalmente utilizado pelos povos indígenas da Amazônia para espremer a mandioca brava e transformá-la em alimento seguro para consumo.
A escolha do termo carrega uma simbologia de transformação e coletividade, pois o projeto busca transformar realidades locais por meio da ciência, do trabalho colaborativo entre professores e alunos e da valorização do conhecimento como ferramenta de mudança social.
Desde março, professores selecionados participam de formações para, a partir delas, desenvolver projetos científicos junto a seus alunos. Cada professor orientará dez estudantes, que em breve iniciarão pesquisas voltadas para problemas e questões sociais reais de seus contextos locais.
A coordenadora institucional do Tipiti/UFAM, Fabiane Garcia, explicou como a proposta já está em andamento. “Os professores passaram pelas formações iniciais e, nas próximas semanas, os alunos começarão a desenvolver seus projetos científicos dentro das próprias escolas. Cada proposta precisa estar vinculada a desafios sociais do território em que os estudantes vivem. Desde o início, contamos com o apoio da Secretaria de educação, tanto na escolha das escolas quanto na logística de transporte”, disse.
O Tipiti conta com bolsas financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): R$ 770 para professores e R$ 300 para estudantes participantes. No total, serão 30 escolas públicas contempladas com laboratórios makers, sendo 15 da REDE estadual, impactando diretamente 300 alunos em todo o Amazonas.
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