O diretor-presidente da FCecon, Gerson Mourão, apresentou, nesta quinta-feira (04/12), em Brasília, a proposta do centro de diagnóstico e estadiamento do Amazonas durante encontro organizado pelo Ministério da saúde com hospitais referência no tratamento do câncer. A reunião tratou da criação de um super centro de diagnóstico que visa agilizar a emissão de laudos para pacientes do SUS.
Reunião e proposta nacional
Conforme a organização do evento, o super centro de diagnóstico ficará sob responsabilidade do A. C. Camargo Cancer Center e deve receber lâminas enviadas por hospitais conveniados por meio de um scanner de lâminas. O equipamento será instalado nas unidades que aderirem ao projeto. Segundo a FCecon, oito laboratórios hospitalares no país já contam com o aparelho, entre eles o Laboratório de Anatomia Patológica da Fundação Cecon.
Durante o encontro, Mourão afirmou que, com o NOVO formato, a expectativa do Ministério da saúde é que os laudos sejam emitidos em até cinco dias. “Com o centro de diagnóstico, a expectativa do MS é que os laudos para os pacientes do Sistema Único de saúde (SUS) sejam emitidos em até cinco dias, o que é um avanço para o tratamento e sobrevida”, disse o diretor.
Funcionamento e diferença da proposta do Amazonas
Segundo Mourão, a proposta apresentada pelo Amazonas difere do super centro nacional por incluir também o estadiamento da doença, ou seja, a determinação da localização e extensão do câncer no corpo do paciente. De acordo com a FCecon, ao reunir diagnóstico e estadiamento, o médico terá, já na primeira consulta na FCecon, as informações necessárias para definir o tipo de tratamento — cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico — e, assim, iniciar a terapêutica mais rapidamente.
Mourão afirmou ainda que o centro de diagnóstico e estadiamento do Amazonas foi apresentado na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de Manaus. “O centro de diagnóstico e estadiamento do Amazonas representa um projeto inédito no país e um sonho nosso, pois não existe nada semelhante exclusivo para biópsias. Esse movimento ressoa nesse projeto e representa o maior avanço em ações voltadas para o combate ao câncer no país nos últimos 20 anos, mais importante que os próprios avanços na quimioterapia”, disse o diretor.
Experiências locais e resultados
O texto da apresentação citou experiências no Amazonas que servem como base para o projeto. O Serviço de Diagnóstico de Mama (SDM), criado em 2022 pela Semsa (Secretaria Municipal de saúde de Manaus), reduziu o tempo de espera para acesso à biópsia em casos suspeitos de câncer de mama. Antes do SDM, a FCecon realizava todas as biópsias de mama, o que resultava em demora no acesso ao tratamento. No SDM, as mulheres realizam a biópsia e, em caso positivo, são encaminhadas para tratamento na FCecon.
Outro exemplo citado é o Cepcolu (Centro Avançado de Prevenção ao Câncer do Colo do Útero do Amazonas), criado em março deste ano e instalado anexo à FCecon. Conforme dados apresentados, em oito meses o Cepcolu realizou mais de 5,1 mil atendimentos entre consultas e cirurgias. Mourão disse que “as conizações eram anteriormente realizadas no prédio principal da FCecon, onde conseguíamos fazer apenas 500 conizações durante o ano. Desde a criação do Cepcolu, foram realizadas 622 conizações em dez meses”.
Para o diretor da FCecon, o Cepcolu comprova que investir na prevenção reduz casos de câncer e evita mortes.
Impactos esperados
De acordo com a proposta, reunir diagnóstico e estadiamento reduzirá o tempo de espera para o início do tratamento, gerando economia para o Estado e possibilitando o início mais rápido das terapias.
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