acolhimento e classificação de risco em obstetrícia são fundamentais para garantir um atendimento eficaz e humanizado às pacientes que chegam às maternidades. Um exemplo notável é a Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), da Prefeitura de Manaus, que recentemente organizou uma capacitação para seus profissionais de enfermagem, visando aprimorar essas práticas vitais no atendimento obstétrico. Durante o curso de dois dias, realizado em 20 e 21 de agosto, enfermeiros tiveram a oportunidade de desenvolver habilidades clínicas e aprender a tomar decisões rápidas e adequadas em situações de emergência.
O propósito dessa capacitação foi preparar os profissionais para gerenciar o fluxo de entrada dos usuários, levando em consideração a gravidade das condições clínicas apresentadas. Segundo Núbia Cruz, enfermeira obstetra e diretora da MMT, é essencial que o atendimento não seja apenas priorizado pelo horário de chegada, mas principalmente pela urgência do caso. Essa abordagem humanizada é vital para que todos os usuários se sintam respeitados e compreendam no que consiste o processo de atendimento na maternidade.
Os instrutores do curso, como Larissa Braga, Sílvia Matos e a assistente social Loiana Melo, abordaram ainda questões éticas e legais no atendimento obstétrico. De acordo com o Ministério da saúde, a classificação de risco é um procedimento crítico que permite identificar quais usuários precisam de atendimento imediato, assegurando que os mais vulneráveis recebam a prioridade necessária. Esta classificação é realizada através de um sistema de cores, onde:
– Vermelho indica emergência e necessidade de atendimento imediato;
– Laranja representa um caso muito urgente;
– Amarelo define um atendimento urgente, mas sem risco imediato à vida;
– Verde é considerado pouco urgente;
– Azul indica não urgência.
Loiana Melo destaca que a saúde materna PODE ser significativamente impactada pelo acolhimento e classificação de risco, assegurando um atendimento oportuno e eficaz e priorizando as mulheres com condições mais graves. Essa metodologia é crucial para a redução da morbimortalidade materna e reflete diretamente na qualidade do serviço prestado.
No entanto, é válido ressaltar que a classificação de risco PODE gerar desconforto entre os usuários que se sentem prejudicados ao perceber pessoas sendo atendidas antes deles. Para mitigar essa situação, cursos de capacitação, como o que aconteceu na MMT, são criados para equipar os profissionais com as ferramentas necessárias para lidar com esses desafios e garantir que possam explicar de maneira clara o processo de acolhimento e classificação na sala de espera. Essa comunicação efetiva é essencial para minimizar questionamentos e aumentar a satisfação dos usuários, ajudando a promover um ambiente mais harmonioso no atendimento.
Em suma, o acolhimento e classificação de risco em obstetrícia são práticas indispensáveis que melhoram tanto a qualidade do atendimento quanto a segurança das pacientes. A Maternidade Dr. Moura Tapajóz se mantém firme em seu compromisso de proporcionar uma experiência humanizada e eficiente, com profissionais adequadamente treinados e preparados para atender às necessidades de todas as mulheres que chegam à instituição.