Reunião teve como objetivo trabalhar técnicas conhecidas como “quebra-gelo” para facilitar o entendimento dos problemas e os contrapontos das populações atendidas pelo projeto
O Núcleo Permanente de Autocomposição do Ministério Público do Estado do Amazonas (Nupa/MPAM) realizou, na manhã desta quarta-feira (13/11), o primeiro workshop de comunicação assertiva com ênfase na mediação de conflitos, visando o fortalecimento de ações promovidas pelo projeto “IDH+”. A iniciativa contou com a presença de servidores do MPAM e pesquisadores estatísticos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
A reunião, mediada pela subprocuradora-geral para Assuntos Jurídicos Anabel Vitória Mendonça, teve como objetivo capacitar as equipes de multiplicadores sociais durante as análises dos indicadores de desenvolvimento humano, orientando sobre a utilização de ferramentas pedagógicas e psicoterapêuticas que poderão auxiliar no melhor atendimento à população das comunidades visitadas pelo projeto.
“Esse encontro com os membros e servidores que trabalham no IDH+ é de uma relevância muito grande, pois, nessa capacitação, haverá uma troca muito especial, exatamente para que eles possam ter mais condições de realizar os diálogos durante as diligências aos municípios do interior do Amazonas, para que consigam trabalhar a questão da resistência em relação às informações e aos dados que são levados. Temos uma colaboração também do Ministério Público com a Ufam, que trabalha com essa questão dos direitos das comunidades, para que consigam ter uma qualidade de vida minimamente razoável”, comentou a procuradora de Justiça.
Durante a oportunidade, foram abordados diversos temas, como: técnicas de neurociência para a análise do comportamento e das emoções humanas; resolução de conflitos via diálogo; e utilização da comunicação não-violenta e da comunicação assertiva em rodas de conversa. Além disso, foram mencionadas abordagens desenvolvidas pelo psicoterapeuta alemão Franz Ruppert, em sua Teoria do Trauma da Identidade, para melhorar a rede de escuta em questões de traumas de vínculos, autopercepção e divisão psíquica.
Para o coordenador do projeto “IDH+”, o promotor de Justiça Lauro Tavares da Silva, o compartilhamento das experiências adquiridas no lançamento do piloto do projeto na cidade de Coari trouxe aumento nas necessidades e demandas de aperfeiçoamento na abordagem à população em diversos sentidos.
“A escuta social que fizemos no município de Coari foi muito boa para a equipe. Agora, podemos utilizar técnicas e metodologias para que essas escutas sociais sejam feitas de forma não-violenta e que atendam às expectativas das pessoas”, afirmou o promotor de Justiça.
Ao final do workshop, foram realizadas dinâmicas de diálogo entre os participantes para as próximas visitas aos municípios amazonenses pelo IDH+.
Texto e foto: Ramon Oliveira
