Durante a Sessão Plenária do Legislativo Estadual nesta quarta-feira (14/8), o deputado Comandante Dan (Podemos) trouxe à tona o debate sobre a BR-319. Ele destacou que nos dias 28 de setembro e 8 de outubro, completarão dois anos desde a queda das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz-Mirim, parte da estrada que liga Manaus a Porto Velho. Essa situação tem afetado diretamente os cidadãos que vivem nas regiões próximas às pontes, como Autazes, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Manaquiri e Nova Olinda do Norte, que somam cerca de 200 mil habitantes. O deputado ressaltou que a pavimentação da BR é uma urgência, especialmente em tempos de seca, quando municípios ficam isolados e o acesso rodoviário é fundamental para a sobrevivência da população. No entanto, ele enfatizou que apenas o asfalto não resolve a questão da trafegabilidade, já que as pontes são um fator crucial nesse processo.
Dan Câmara também relembrou que o desmoronamento das pontes, que já havia sido alertado por relatórios periciais, resultou em cinco mortes e 14 feridos, e até o momento não foram apuradas as responsabilidades. Ele questionou se a situação seria a mesma se o ocorrido tivesse sido em uma cidade da região Sudeste, e destacou a necessidade de um programa constante de monitoramento ambiental para responsabilizar e punir os responsáveis pelas queimadas florestais. O parlamentar citou os municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Lábrea, Manicoré, Canutama e Humaitá, todos na área de influência da BR-319, que estão no topo do ranking de queimadas no Amazonas. Ele ressaltou que não se pode ignorar essa questão, pois é um argumento utilizado contra a pavimentação da estrada. Por fim, Dan Câmara destacou que a preservação ambiental é um desafio difícil, mas necessário, já que muitos dos crimes ambientais estão relacionados ao narcotráfico.