A iniciativa faz parte do projeto Crianças do Guetto e conta com apoio da UGPE e da Lei Paulo Gustavo
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Foto: Tiago Corrêa/UGPE
Quem agora passa pelo Residencial Gilberto Mestrinho, na avenida Lourenço Braga, Cachoeirinha, zona sul de Manaus, vai poder admirar os desenhos em grafite adornando os blocos de apartamentos construídos pelo antigo Prosamim, hoje intitulado Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+). O programa é executado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas.
O trabalho em grafite, que reforça a presença da cultura Hip-Hop na comunidade, é denominado “Bloco Arte Urbana Prosamim”, projeto de iniciativa do coletivo Crianças do Guetto, realizado com o apoio da UGPE e incentivos da Lei Paulo Gustavo.
Construído pela UGPE na segunda fase do programa e entregue em 2010, o Residencial Gilberto Mestrinho reúne cerca de 1.800 pessoas. A entrega dos blocos pintados foi realizada no último sábado (6/04), seguida de atividades para os moradores, incluindo a montagem de playground para as crianças, lanches, realização de brechó solidário e apresentações musicais.
Foto: Tiago Corrêa/UGPE
De acordo com o secretário da UGPE, Marcellus Campêlo, o Governo do Estado procura incentivar e apoiar as atividades culturais nos habitacionais do Prosamin+, em especial aquelas que promovem o desenvolvimento das pessoas. “Estamos orgulhosos de fazer parte deste projeto e de ver o impacto positivo que está tendo na comunidade”, ressaltou.
Além de autorizar a execução do grafite nas paredes dos blocos do conjunto habitacional, a UGPE, responsável pelo Prosamin+, deu apoio ao projeto, realizando curso de NR35, normativa que estabelece os requisitos de proteção para trabalhos realizados em altura. Além disso, ofereceu os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os andaimes, para os artistas realizarem as pinturas, com total segurança.
O projeto tem a parceria dos moradores locais, que escolheram os desenhos que representam a diversidade racial presente nos habitacionais, além de homenagear a rica fauna da região amazônica. Assim, foi decidido pintar uma criança indígena e outra negra, juntamente com a representação de uma onça e um tucano.
Segundo o idealizador do projeto, Lúcio Huilame, a iniciativa visa fomentar a arte na comunidade, especialmente por meio das expressões da cultura Hip-Hop.
Foto: Tiago Corrêa/UGPE
“É um sentimento de gratidão e trabalho concluído, principalmente, em saber que com perseverança podemos modificar o espaço em que existimos. Agradeço a Deus, ao pessoal do Crianças do Guetto, à comunidade que abraçou a ideia e à UGPE, por ter ajudado e facilitado o nosso processo”, declarou.
O trabalho em grafite foi realizado pelos artistas Benjamin Dabela (Bonão), Everton da Silva (Bang), Henrique Marques (Freak) e Ramon Costa (Art). Com longa experiência em grafite, os pintores também ministraram oficinas para crianças e adolescentes, através do projeto “Crianças do Guetto”.
As crianças da comunidade ficaram felizes com as pinturas e com a atuação do projeto. “Moro aqui no residencial desde que nasci e fiquei muito feliz, tá muito legal e a festa também”, declarou Ana Rebeca Gomes, de 8 anos.
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