O complexo mirante de São Vicente, composto das obras de reforma e reabilitação do mirante Lúcia Almeida, do largo de São Vicente e do casarão Thiago de Mello, recebeu a visita técnica de equipes da Prefeitura de Manaus neste sábado, 4/3, tendo à frente o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), autor do projeto arquitetônico.
O diretor-presidente do instituto, Carlos Valente, esteve no local verificando detalhes da obra que terá a Ordem de Serviço assinada na próxima quinta-feira, 9/3, pelo prefeito David Almeida.
O primeiro prédio de reconversão de uso e arquitetônica dentro do projeto “Nosso Centro” tem aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-AM) do Amazonas. Projetado por equipe do Implurb, a intervenção na avenida 7 de Setembro, esquina com a rua Visconde de Mauá, vai promover a reabilitação de um imóvel que atualmente se encontra sem uso e descaracterizado, às margens do rio Negro, tendo quatro andares (térreo e mais três).
“O mirante Lúcia Almeida e o largo integram a etapa 1 do programa ‘Nosso Centro’, e o prefeito David Almeida dará a ordem de serviço com prazo de execução de dez meses. É uma obra importante, porque sinaliza a direção política do prefeito no sentido de investir na reabilitação do Centro, oferecendo à população, moradores e turistas, opções de visitação, contemplação, lazer, gastronomia e arte. É o marco inicial de uma nova realidade política e administrativa para o Centro”, explicou Valente.
A reabilitação do antigo imóvel, onde funcionava a Companhia Energética do Amazonas (Ceam), visa melhorar a qualidade de vida das pessoas, sendo a primeira grande área vertical a ser reformada e construída pela prefeitura para atividades de entretenimento, lazer, contemplação e negócios.
Para Carlos Valente, Manaus está em um bom caminho com a gestão David Almeida e, especialmente, por poder contar com aporte de recursos para as obras. “Estamos evoluindo com comprometimento com a cidade e projetos significativos e importantes para reabilitar o centro histórico”, ressaltou.
Como é um grande equipamento urbano, ele foi projetado para abrigar várias ações de cultura, lazer, gastronomia, negócios e muito mais, tendo como fundo a vista do rio Negro.
O prédio e o futuro largo construído ao seu redor servirão como um dos polos dinamizadores da região, sendo a primeira área pública verticalizada da capital, de lazer e contemplação para o rio.
Projeto arquitetônico
O antigo prédio da Ceam vai abrigar um complexo de lazer e negócios, com foco no turismo, incluindo um píer, mirante, varandas, praça de alimentação coberta, decks e uma bela cobertura sinuosa que remete a um banzeiro. O píer vai substituir uma estrutura precária de atracadouro que existe no lugar, que recebe lanchas e pequenas embarcações do Corpo de Bombeiros, e das áreas de saúde e educação.
O edifício terá estrutura coberta, mas com vãos vazados que vão permitir, em vários níveis, a observação para o rio e sua contemplação. A obra vai se integrar ao parque urbano, construindo um grande largo, associado à circulação de vários modais e requalificação de áreas vazias.
O largo, que será criado no espaço, envolve prédios de interesse de preservação até a rua Bernardo Ramos. Com a reconversão do edifício, no térreo ele contará com uma grande praça coberta, seguida de um segundo andar para área cultural e central de artesanato. No local, artistas poderão fazer exposições e apresentar shows. No terceiro pavimento ficará a gastronomia, com três operações de restaurantes, e no quarto o mirante.
Resgate
O planejamento prevê o resgate dos elementos originais da pavimentação das calçadas e das ruas; instalação de mobiliários urbanos e arborização das vias; implementação de acessibilidade nas esquinas e logradouros; melhoria da iluminação ambiente e cênica no prédio. A grande área de lazer vertical servirá de conexão natural e cultural com a paisagem bem à frente, o rio e sua beleza.
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Texto – Cláudia do Valle / Implurb
Foto – Divulgação / Implurb