A Prefeitura de Manaus apresentou ao Ministério da Saúde projetos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de softwares para melhoria na gestão, monitoramento e autocuidado de pacientes com tuberculose e doenças crônicas não transmissíveis na Atenção Primária. Em formato híbrido, o encontro reuniu representantes da Semsa e da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde da pasta federal, em Manaus e em Brasília (DF), na tarde da quinta-feira, 15/6.
Na reunião, técnicos do Departamento de Inteligência de Dados da Semsa em Manaus apresentaram dois projetos de desenvolvimento de softwares, sendo um deles dirigido para a gestão e acompanhamento de pacientes com tuberculose (i-TB), e outro voltado para o autocuidado e monitoramento de pessoas com hipertensão arterial e diabetes.
A titular da Semsa Manaus, Shádia Fraxe, que participou da reunião em Brasília, assinala que a secretaria tem a tecnologia como uma aliada na busca contínua pela melhoria da Atenção Primária à Saúde (APS). Os projetos de softwares apresentados em Brasília, aponta a secretária, trazem recursos que podem auxiliar na redução da mortalidade e na melhoria da qualidade de vida da população.
“Mas precisamos também de apoios e parcerias para impulsionar o desenvolvimento dessas ferramentas digitais. Para isso, fizemos essa apresentação para o Ministério da Saúde, que pode contribuir para o financiamento e execução desses projetos”, afirma.
O subsecretário de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, também presente no encontro, informou que o software voltado para o acompanhamento de pacientes com tuberculose, já em fase de desenvolvimento, pode ter o uso ampliado para a atenção básica de saúde de outros municípios.
“Se validado pelo Ministério da Saúde, o uso desse software pode se expandir para todo o Brasil. Manaus teria o mérito da ação, mas nós cederíamos o material já desenvolvido, em razão do interesse público e da solidariedade que é marca do SUS e também de Manaus”, declara.
Ferramentas digitais
Dentre os projetos de softwares da Semsa apresentados ao Ministério da Saúde, o i-TB possibilita o cadastro e o monitoramento de pacientes com tuberculose atendidos na rede de atenção básica, trazendo ainda recursos de alertas e estatísticas com georreferenciamento. O sistema já está em desenvolvimento, tendo sido implementado em fase piloto em três unidades de saúde da família da rede municipal.
Já o sistema de monitoramento de hipertensos e diabéticos, ainda em fase de projeto, inclui um módulo para pacientes com recursos voltados ao autocuidado, que pode ser instalado em celulares. Outro módulo é voltado aos profissionais de saúde e terá ferramentas para cadastro de dados de usuários, cálculo de risco cardiovascular, acompanhamento, monitoramento de casos com georreferenciamento, entre outras.
A diretora de Inteligência de Dados da Semsa, Sanay Pedrosa, destaca que os projetos visam atender as necessidades dos profissionais de saúde no dia a dia, ao mesmo tempo agregando recursos e dados que possam orientar as ações e decisões de profissionais e gestores de saúde para a solução de problemas e a melhoria de serviços na APS.
“Os serviços públicos hoje precisam trabalhar com a inteligência de dados, pois os recursos são escassos, e as demandas, crescentes. Nosso objetivo é gerar inteligência, projetar resultados e orientar ações para o caminho mais eficiente, sempre tendo como finalidade melhorar a qualidade de vida e reduzir a mortalidade da população”, ressalta.
Texto: Jony Clay Borges / Semsa
Fotos: Divulgação / Semsa