A Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), anunciou, no último sábado, 27/5, a 1ª Conferência Municipal de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, prevista para o mês de julho. O anúncio foi feito durante o “Circuito Mojubá Afro-Amazônico”, que aconteceu no Museu da Cidade de Manaus (Muma), localizado no centro histórico.
O circuito, realizado pelo instituto Ganga Zumba e movimento Negro e Afro-Religioso, marca o novo momento da gestão cultural da cidade, que está empenhada em combater o racismo estrutural e intolerância religiosa. É o que explica o diretor-presidente da Manauscult, Osvaldo Cardoso.
“Estamos trabalhando para fortalecer as políticas públicas culturais da gestão David Almeida e promover o resgate dos saberes ancestrais, até porque não há nada mais inovador do que olhar para os ensinamentos do passado para renovar os caminhos do futuro”, disse.
Cardoso ressaltou ainda que o objetivo do evento foi alcançado e anunciou a primeira conferência municipal para povos e comunidades tradicionais de matriz africana, prevista para o mês de julho com a participação de todos os movimentos.
“É um momento histórico para as religiões de matriz africana, para o povo negro, para o povo quilombola, onde a Prefeitura de Manaus está fomentando esse evento, em reconhecimento e resgate cultural da nossa cidade. Aqui assumimos o compromisso para que em julho venhamos fazer a primeira conferência de religiões de matriz africana apoiada pela Prefeitura de Manaus, porque nós estamos reconhecendo o valor cultural dessa parte da nossa sociedade”, finalizou.
O ‘Mojubá’, que começou com uma roda de conversa, teve como objetivo destacar políticas públicas voltadas à comunidade afro e fez alusão à data 24 de maio, uma das mais importantes para o Amazonas. De acordo com o secretário-geral do Ganga Zumba, Luiz de Badé, o evento é histórico.
“Quero agradecer à Manauscult e agradecer, também, ao prefeito de Manaus, por abrir um evento histórico. A gente está aqui, hoje, fazendo um marco, criando uma pedra fundamental em relação à comunidade negra no estado e no município. E quando a gente conversou com o secretário Osvaldo, eu acho que ficou claro como um gestor público deve se portar. Então, ele foi extremamente sensível, entendeu a posição dele como secretário, e está abrindo para que a gente consiga fazer outras pessoas entenderem a causa e saber porque a gente luta, pelo que a gente trabalha. Porque se não tiver equidade, não tem democracia”, concluiu.
A programação reuniu gastronomia, artesanato, feira de livros e rodas de conversa que foram acompanhadas pelo diretor-presidente da Manauscult, Osvaldo Cardoso, que reforçou o compromisso da Prefeitura de Manaus com ações voltadas a este segmento na Amazônia.
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Texto – Emanuelle Baires / Manauscult
Fotos – Clóvis Miranda / Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjAFsYa