Após ser denunciado, o indivíduo importunava a vítima por meio de mensagens, menosprezando a denúncia e confessando o ato criminoso
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), cumpriu, nesta quarta-feira (06/09), mandado de prisão preventiva de um homem, 38, por estupro praticado contra a própria sobrinha, que tinha 16 anos na época do crime, em março de 2022. A prisão ocorreu no município de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus).
Durante coletiva de imprensa, a delegada Joyce Coelho, titular da unidade especializada, na ocasião do ocorrido, disse que a vítima e o autor estavam residindo na mesma casa. O estupro foi consumado mais de uma vez, seguido de constantes ameaças, dentre elas a psicológica, e constrangimentos, fazendo com que a vítima se sentisse culpada pelo fato.
“Ela formalizou o Boletim de Ocorrência (BO) no dia 14 de agosto deste ano, e relatou que não denunciou antes pois tinha medo, devido às ameaças sofridas. Além disso, a vítima nos relatou que contou sobre o crime apenas para suas tias, irmãs do autor, que ficaram revoltadas com a situação e pediram para que ele não se aproximasse mais da vítima, pois ela já o havia denunciado”, disse.
Conforme a delegada, mesmo com o pedido das irmãs, o infrator mandava mensagem para a vítima por meio de uma rede social, importunando e menosprezando a denúncia da vítima.
“Além de ele alegar que a denúncia dela não adiantaria de alguma coisa, ele confessou a prática criminosa de maneira bastante machista e agressiva, ferindo o psicológica da vítima. No dia 28 de agosto ela nos procurou novamente e nos mostrou as mensagens do autor, ocasião em que pediu uma medida protetiva devido ao assédio que estava sofrendo”, falou.
Ainda segundo a titular, devido à gravidade dos fatos, foi solicitada a prisão preventiva do indivíduo, que foi cumprida nesta quarta, em Presidente Figueiredo. O infrator também possui uma passagem pelo crime de roubo.
Procedimentos
O indivíduo responderá por estupro e ficará à disposição do Poder Judiciário.
